Governo do Maranhão cria Comitê de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação

abril 27 20:43 2016

O Governo do Estado criou, nesta segunda-feira (25), o Comitê de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tem como objetivo realizar um trabalho preparatório para construção do Plano Decenal de Ciência, Tecnologia e Inovação. Caberá ao comitê organizar as oficinas regionais em que se discutirá quais são as prioridades para os próximos dez anos para esta área. A reunião de instalação do comitê foi coordenada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Jhonatan Almada.

“O Plano Decenal, aprovado como lei na Assembleia Legislativa, institui uma política de estado, não mais de governo, para esta área, que é estratégica e fundamental para o presente e o futuro do Maranhão”, observou o secretário.

A criação do comitê pretende aproximar as instituições de ensino e pesquisa do Maranhão. “O comitê é um espaço de articulação e integração institucional de forma a fazer com que nossas ações tenham convergência, que tenhamos uma agenda comum de trabalho em prol do desenvolvimento cientifico e tecnológico do Estado”, observou.

Jhonatan Almada explicou que o comitê fará um trabalho preparatório que servirá de subsidio para a implantação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, cuja tarefa principal é fazer a aprovação e acompanhamento do Plano Decenal.

Integra o comitê representantes da Secti, da UFMA, Uema, Ifma, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea/MA), do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) e Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), entre outros.

Durante a reunião, o diretor-presidente da Fapema, Alex Oliveira, fez uma breve explanação sobre o plano de trabalho da Fundação para 2016. As ações têm como eixos a popularização da ciência, o apoio a projetos de pesquisa que promovam a busca de soluções para os problemas da população, o desenvolvimento de projetos inovadores e a qualificação profissional.

“Queremos transformar esses objetivos em ações concretas para o Estado. Temos a parceria com órgãos como CNPq, Capes, Finep e outras instituições contemplando projetos em todas as áreas do conhecimento. Isso nos permitiu ampliar o número de bolsas como as de Iniciação Cientifica que passou de 40 para 400. Estamos trabalhando para aumentar a nossa capacidade de ampliação desses fomentos”, contou Alex Oliveira.

O presidente destacou que, a partir da implantação do comitê, espera-se poder contar com a contribuição de todas as instituições para enriquecer as discussões no fomento à ciência e tecnologia, focando o investimento de forma a serem mais eficazes na reversão dos indicadores do Estado.

O vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Fernando Oliveira, disse que a universidade poderá ajudar nas ações da Secti no interior do Estado, usando a estrutura da universidade: “Somos um Estado periférico, com uma grande defasagem de doutores, sendo a atração de recursos humanos uma das políticas fortespara mudarmos os indicadores sociais do Estado”.

Na próxima reunião do comitê, que deve acontecer em maio, já será discutida a agenda de trabalho com as datas para realização das oficinas e a minuta do Plano Decenal. “Nós passamos mais de oito anos sem órgão colegiado para discutir, deliberar e aprovar uma política de ciência e tecnologia para o Estado do Maranhão. Então é uma retomada com um caráter pioneiro e inovador em relação ao que havia sido praticado até agora”, disse o secretário da Secti.

Ganhos para população

Como benefício que o comitê trará para a população destaca-se o alinhamento do trabalho das instituições, pois a partir de agora definirão juntas as áreas prioritárias e mais demandadas do ponto de vista do desenvolvimento do estado. Um segundo ganho é a organização de uma política de formação de recursos humanos, a exemplo de bolsas e editais, na oferta de mestrado e doutorado para se qualificar a produção científica do estado.

“Um terceiro ganho é a articulação entre essa política e as demandas de desenvolvimento econômico. A integração entre a ciência e o mercado”, acrescentou Almada.

Participaram da reunião de instalação do comitê, além de assessores da secretaria, o vice-reitor da UFMA, Fernando Carvalho, o professor Anselmo Cardoso, também da UFMA, Eloisa Gonçalves, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Cleudson Campos, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Francarlos Ribeiro, do Instituo Histórico e Geográfico do Maranhão, o professor, Raimundo Palhano e o assessor Jurídico, João Batista Ericeira.