Maranhão registra menor incidência de casos de dengue do Nordeste

Maranhão registra menor incidência de casos de dengue do Nordeste
julho 08 14:00 2019

O Maranhão tem a menor incidência de casos de dengue do Nordeste, conforme o último informe divulgado pelo Ministério da Saúde sobre o monitoramento dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e Zika). A incidência do estado, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, é de 49,7 casos/100 mil habitantes, índice considerado baixo. Os dados são referentes ao período de 30 de dezembro de 2018 a 15 de junho de 2019. 

Dentre os nove estados do Nordeste, o Maranhão ocupa a primeira colocação, seguido de Sergipe (93,6), Piauí (116,5) e Ceará (124,4). Nas últimas colocações aparecem Pernambuco (243,3), Bahia (271,3) e Rio Grande do Norte (378,4). O índice da região é de 198,3.

“Podemos afirmar que investir na prevenção é a melhor forma de evitar que o paciente precise de uma assistência mais especializada. Também por isso a população deve manter-se vigilante para evitar a proliferação do Aedes. Nesse contexto, temos nos esforçado na gestão estadual para desenvolver as ações na área da vigilância em saúde e fomentar os serviços de prevenção”, pontuou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. 

O coeficiente é calculado utilizando-se o número de casos novos prováveis dividido pela população do estado, e expresso por 100 mil habitantes.

No ranking nacional, o Maranhão mantém-se entre os 10 estados com menor incidência de casos de dengue, ficando no oitavo lugar. Rio Grande do Sul (15,3), Amapá (15,6) e Rondônia (22,0) ocupam, respectivamente, os três primeiros lugares.

A baixa incidência ocorre quando são registrados menos de 100 casos/100 mil hab. A média incidência de 100 a menos de 300 casos/100 mil hab. São classificadas como alta incidência, valores iguais ou acima de 300 casos/100 mil hab.

Segundo a chefe do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Graça Lírio, o estado ainda mantém-se em uma margem segura em relação à incidência da doença, uma vez que ainda estamos em um patamar considerado de baixa incidência (menos de 100).“Tivemos dois anos consecutivos de redução do número de casos de dengue no estado. Mas neste ano tivemos um aumento, mesmo assim estamos em um limite de controle que é de baixa incidência. O que nos preocupa agora é que desde o ano passado temos circulando o vírus do tipo 2, de maior gravidade. Precisamos que a população e os profissionais de saúde redobrem a atenção”, salienta Graça Lírio.

A SES tem fortalecido ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, realizando capacitações e intervenções qualificadas nos municípios, em especial naqueles com surtos. “Estamos atentos às situações que vão surgindo, estamos viajando prestando assessoria técnica, fazendo intervenções com os carros UBV (fumacê), orientando gestores e profissionais de saúde”, finalizou.

BOX// Ranking de incidência da dengue no Nordeste (*casos/100 mil hab)

1º Maranhão – 49,7
2º Sergipe – 93,6
3º Piauí – 116,5
4º Ceará – 124,4
5º Paraíba – 195,1
6º Alagoas – 228,8
7º Pernambuco – 243,3
8º Bahia – 271,3
9º Rio Grande do Norte – 378,4

Período: 30/12/2018 a 15/06/2019
Fonte: Ministério da Saúde

 

Fonte: SES
Texto: Paula Boueri