Série “Mulheres de Ciência” para reverenciar o 8 de março, Dia Internacional das Mulheres
Maria da Guia da Silva
Participou da equipe de professores que implantou o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade da Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Ph.D em Engenharia Elétrica pela University of Manchester Institute of Science and Technology (UMIST/Reino Unido). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração, Transmissão e Distribuição da Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: confiabilidade e qualidade de energia e métodos probabilísticos aplicados a sistemas elétricos de potência. Tem experiência também em administração na UFMA, como coordenadora do curso de graduação em Engenharia Elétrica, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade e como diretora do Departamento de Pós-Graduação.
“As mulheres têm feito contribuições significativas para a ciência desde os tempos mais antigos. Mulheres e ciência nem sempre tiveram um relacionamento fácil. Ainda hoje, as mulheres representam apenas 14,4% das pessoas nas carreiras de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, de acordo com as estatísticas mais recentes da campanha de Mulheres na Ciência e Engenharia. Mas, ainda assim, durante séculos, houve mulheres que estiveram determinadas e se destacar na ciência com grandes contribuições. Quarenta mulheres receberam o Prêmio Nobel entre 1901 e 2010.
Podem-se destacar, aqui, algumas mulheres e suas grandes contribuições: Marie Curie, a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel em 1903 (Física) e também em 1911 (Química), por seu trabalho em radiação. Ela descobriu dois elementos radioativos: polônio e radio; Elizabeth Anderson, primeira mulher a receber o título de doutora em medicina; Chien-Shiung Wu, trabalhou na primeira bomba atômica e foi conhecida como a primeira mulher em Física; Edith Clarke, primeira mulher engenheira na área de Engenharia Elétrica, além de ter sido a primeira a se tornar professora titular em Engenharia Elétrica, na Universidade do Texas em Austin.
Ressalta-se que, em todo o mundo, há significativamente menos mulheres cientistas do que homens. Este é um problema que afeta a sociedade como um todo, pois precisamos de todo o nosso poder intelectual – e não apenas 50% -, para continuar a fazer importantes avanços científicos. Então, por que as mulheres são gravemente subrepresentadas nas ciências? Parece que uma combinação de fatores sociais, culturais e financeiros desempenha um papel nessa perpetuação”.