FAPEMA apoia pesquisa que pode garantir a manutenção da biodiversidade do Rio Preguiças

FAPEMA apoia pesquisa que pode garantir a manutenção da biodiversidade do Rio Preguiças
maio 19 13:24 2014

RIO PREGUIÇAS 1Nem só de dunas e lagoas vive o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O Rio Preguiças, que banha a cidade de Barreirinhas, por exemplo, é o principal rio da região dos Lençóis e um dos principais pontos turísticos da localidade, meio de vida e subsistência da maioria da população, sendo via de acesso para muitos povoados e comunidades ribeirinhas.

No entanto, turistas são seduzidos muito mais pelas atrações gastronômicas dispostas à beira-rio, como bares e restaurantes, do que pela biodiversidade do local. Essa falta de interesse e de cuidados está desenhando um cenário preocupante: a extinção de algumas espécies de animais. O bicho que inspirou o nome do rio, por exemplo, visto em abundância nas matas das margens do rio há muitos anos, como contam os moradores mais antigos, hoje, dificilmente consegue ser apreciado.

Buscando uma solução para a conservação da biodiversidade do Rio Preguiças, o pesquisador Antonio Augusto Ferreira Rodrigues reuniu um grupo de especialistas para fazer um inventário das espécies de vertebrados presentes ao longo de todo o rio, incluindo peixes, aves, mamíferos e répteis. “Decidimos fazer esse estudo no Rio Preguiças pelo fascínio ecológico que ele desperta. Além disso, o desconhecimento das espécies que existem nessa área também nos motivou. Não existem grandes pesquisas ou publicações sobre esse assunto”, justificou Augusto Rodrigues, que recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), por meio do edital Universal (nº 030/2010).

Segundo o pesquisador, será possível traçar esse perfil de ocorrência de espécies no Rio Preguiças, tanto no que diz respeito à diversidade quanto à quantidade.RIO PREGUIÇAS 3 “Durante as coletas, já observamos a ocorrência de peixes que não estavam registrados para o Maranhão. A tendência é que apareçam muito mais espécies, principalmente de peixes, que são pouco pesquisados, devido ao difícil acesso a eles”, explicou.

Com o estudo concluído, a ideia do pesquisador é indicar às autoridades competentes as áreas que apresentam espécies mais sensíveis à perturbação antrópica e, consequentemente, devem ter sua conservação priorizada. “Estudos que analisem a relação entre a ocorrência de animais e a degradação ambiental são fundamentais para corroborar a bibliografia existente e servem como meio incontestável para exigir medidas de preservação”, disse o biólogo.