Desafios do uso de biodiesel são levantados em pesquisa maranhense
Sustentabilidade é a palavra da atualidade, e tudo que gira em torno da sustentabilidade ganha mais peso e mais interesse em todas as áreas.
O biodiesel, combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, que estimulados por um catalisador, reagem quimicamente com álcool, surge, assim, com uma proposta de energia ecologicamente correta, porque polui menos.
No Maranhão a professora doutora, Marta Célia Dantas, do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, de Imperatriz, desenvolve a pesquisa “Biodiesel: propriedades de fluxo a frio”.
O trabalho, que recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, tem como objetivo vencer o desafio do congelamento do biodiesel a baixas temperaturas.
“Sabe-se que o biodiesel cristaliza quando chega à temperatura de 5°C, formando aglomerados que restriguem ou impedem o fluxo livre dos combustíveis nas tubulações e filtros dos veículos e, assim, prejudica o motor”, explica pesquisadora.
A doutora esclarece que a pesquisa busca descobrir aditivos que inibam essa cristalização. “Queremos entender o porquê desse processo de cristalização dos biocombustíveis, para criar uma forma de inibir o congelamento” disse.
Segundo ela, algumas propriedades mais importantes para o controle da qualidade do biodiesel são as propriedades sob baixa temperatura.
Dentre elas, o Ponto de Entupimento de Filtro a Frio. “Nesse sentindo, o desenvolvimento desse projeto foi verificar as propriedades do biodiesel sob temperaturas baixas e ainda avaliar o potencial de oleaginosas nativas para produção do biodiesel”, pontuou.
Ela acrescentou ainda, que o projeto também busca a consolidação das atividades de pesquisa na área de biocombustíveis na UFMA, no Campus de Imperatriz.