Documentos importantes da história do Teatro Arthur Azevedo foram resgatados por pesquisadora apoiada pela FAPEMA

Por Laércio Marques 24 de junho de 2022

Na noite da última terça-feira (21/06) foi realizada, no Teatro Arthur Azevedo, a entrega de plantas do antigo Teatro da União, inaugurado em 1815 e que viria a ser renomeado com a alcunha que conhecemos hoje. O resgate foi possível através do trabalho da pesquisadora Marineide Câmara, que realizou os estudos do seu Doutorado em Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com o apoio financeiro da FAPEMA.

A solenidade de entrega contou com a presença do diretor científico da Fundação, profº João Bottentuit Jr, além de representantes da classe artística e da sociedade civil maranhense. Foram entregues os seguintes documentos: o projeto da fachada do teatro, do corte longitudinal do interior do local, além de duas plantas baixas referentes ao primeiro e segundo piso. Após a defesa da tese de doutorado, serão entregues dezenas de outros documentos, como contratos de atores que se apresentaram nos primeiros anos de existência do Teatro.

Para o professor João Bottentuit Jr, que discursou durante a solenidade, a pesquisa de Marineide é de uma importância ímpar para a comunidade maranhense, e destacou a multidisciplinaridade do trabalho dela: “a pesquisa da professora abre espaço para vários olhares: sobre a arte, sobre a história, sobre a cultura”, destacou o diretor científico, que também disse esperar a continuidade do trabalho em pesquisas futuras: “A pesquisa com certeza vai deixar várias lacunas e deixas para outros pesquisadores assumirem e contribuírem ainda mais para cultura e a ciência de um Estado tão rico quanto o nosso”, explicou.

Para a pesquisadora, que está em processo de preparação para a defesa de sua tese, o apoio da Fapema foi fundamental para possibilitar suas pesquisas: “todos esses documentos que consegui em Portugal são documentos em que a digitalização é paga em euro. E lá na Europa percebi que tinha a necessidade de voltar para o Maranhão para fazer investigações no arquivo público e no arquivo do tribunal de justiça e tive até mesmo que ir no Pará consultar os arquivos que se encontravam no Estado. Todas essas viagens só foram possíveis por conta do suporte da FAPEMA. Se não fosse por ele acho que eu nem teria saído do Maranhão”