Empresários assumem compromisso de dobrar o número de empresas que adotam políticas inovadoras

maio 28 20:48 2010 por Ivanildo Santos

 A inovação foi apontada como fator importante para a geração de renda e aumento dos lucros empresariais, durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que se encerra na noite desta sexta-feira, 28, em Brasília. Empresários que participam do evento anunciaram o compromisso de, em 4 anos, dobrarem o número de empresas que adotam políticas inovadoras.

O Maranhão está representado no evento pela diretora presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Rosane Nassar Meireles Guerra e por representantes da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e da Universidade Estadual do Maranhão. Participam da conferência 3.500 pessoas, entre pesquisadores, cientistas, políticos, empresários, estudantes, representantes de organizações não governamentais, da sociedade civil e das fundações estaduais de amparo a pesquisa de todo o país.

Durante a conferência foi anunciado recursos no valor de R$ 2 milhões, para o Maranhão, para financiamento, em subvenção, de projetos de inovação de empresas. Os recursos serão gerenciados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), que ficará responsável pela transferência às empresas beneficiadas. “Este é um grande incentivo para as empresas do Maranhão investirem nesta área, que  é um dos caminhos para o crescimento”, disse Rosane Guerra.

Há um consenso entre os representantes do setor empresarial da importância da inovação para o crescimento da economia no mundo.  “A competência tecnológica é a chave do sucesso empresarial”, disse Carlos Tadeu da Costa Fraga, da Petrobras. Ele citou como exemplo a Petrobras, empresa mais inovadora no mundo nas áreas de óleo e gás. Para Fraga, é fundamental a integração entre empresas, governo e institutos de pesquisa.

O presidente da Siemens Brasil, Adilson Antonio Primo, que também participou dos debates da plenária “Investimentos e Inovação: o papel da inovação na agenda empresarial”, defende melhores políticas de comércio exterior para alcançar a internacionalização das empresas, proporcionando capacidade de competir mundialmente. ”Precisamos criar mecanismos para melhorar o contato entre empresas e governo”, disse.

Na visão do professor Carlos Américo Pacheco, da Universidade de Campinas (Unicamp), são necessários marcos regulatórios que estimulem a inovação. Para ele, ainda é precária a cultura de inovação no meio privado. “A capacidade de competir das empresas depende de sua capacidade de inovar”, disse Pacheco. O professor explicou que a inovação é um fenômeno econômico definido pela concorrência do mercado.