Fapema apresenta Plano de Trabalho no interior do Maranhão

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Por Ivanildo Santos 11 de abril de 2016

fapemaNessa primeira etapa de viagens serão visitadas as cidades de Imperatriz, Grajaú e Barra do Corda

A partir de amanhã (terça-feira, 12/04), a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) dá início a uma série de viagens por cidades maranhenses, para apresentar o Plano de Trabalho 2016 da instituição. Além do diretor-presidente da Fapema, Alex Oliveira, irão participar dessa ação o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada, e membros da Diretoria Executiva da Fapema.

Em Imperatriz, a apresentação acontece amanhã, 12, na sede da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), às 19h. A ação se repete na quarta-feira, 13 em Grajaú, também na sede da UEMA da cidade, às 14h. Nesse mesmo dia, às 19h, Alex Oliveira segue para Barra do Corda, onde detalhará o Plano de Trabalho no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA).

A apresentação do Plano será feita a professores, pesquisadores e estudantes. “Além de apresentar o documento e tirar eventuais dúvidas, nós queremos fazer um chamamento e fomentar a pesquisa no Maranhão”, ressalta Alex Oliveira.

Segundo o diretor, a importância dessas visitas aos polos de ensino superior do Maranhão está em aproximar os pesquisadores do que vem sendo desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa. “A ideia é fazer com que eles se sintam contemplados nas diversas linhas de ação apresentadas e possam construir projetos de pesquisa a partir do que está sendo demandado pelo Governo do Estado”, esclarece Alex Oliveira.

Oportunidades – O Plano de Trabalho prevê para este ano investimentos no valor de R$ 50,3 milhões nas áreas de ciência, tecnologia e inovação fomentando projetos que contribuam para o desenvolvimento do Maranhão. Tem por foco Mais Ciência e Inovação para Todos Nós e está estruturado em quatro linhas de ação: Mais Ciência; Mais Inovação; Mais Qualificação e Popularização da Ciência.

Dentro desses quatro eixos estão inseridos 15 programas e 44 editais. Segundo Alex Oliveira, todos os objetivos transversais e metas a serem alcançadas se baseiam nessa temática e nos eixos desenvolvimento social, conhecimento da biodiversidade e competitividade com inclusão produtiva. O diretor-presidente explica que a ideia é que, em 2016, a Fapema continue a trabalhar com as metas já traçadas, de forma a aprofundar os objetivos da Fundação com ênfase nas parcerias e na captação de recursos e visando produzir ciência com Mais Inclusão Produtiva e Inovação Tecnológica. “Nas ações deste ano, além do fomento ofertado por meio dos programas já citados, terão destaque a promoção de eventos de popularização da ciência, como valorização da pesquisa e propriedade intelectual, novas tecnologias educacionais e cooperação internacional França e Brasil”.

Alex Oliveira ressalta que, em primeiro lugar, foi trabalhada a questão do campo social e três desafios foram postos em destaque: a melhoria das políticas públicas, a garantia de direitos humanos negados ou de difícil acesso e a produção de conhecimento que alimente a nossa sabedoria humana. “Em seguida foi necessário pensarmos no lugar onde podem se materializar nossas ideias, o lugar que repousa o conhecimento e os recursos, ou seja, o meio ambiente e sua biodiversidade. Neste campo transversal destacamos como desafio um melhor conhecimento dos recursos naturais, para aumentar a resiliência ambiental e a relação do homem com a natureza”.

O Plano de Trabalho contempla, ainda, outros campos do conhecimento, como o da competitividade, no sentido de promover a inovação tecnológica para todos. “Não se trata, apenas, da questão do lucro em si, mas do compromisso transversal de gerar mais inclusão produtiva e de criar novos empreendimentos, sem subjugar seus desafios sociais e ambientais”, justifica Alex Oliveira.

O diretor-presidente ressalta que a proposta do Plano é criar uma aproximação das universidades e centros de pesquisas com os anseios da sociedade, em suas demandas sociais, ambientais e produtivas. “Esta política não visa destituir a universidade de suas prerrogativas constitucionais de autonomia didática e científica, mas sim fortalecer os elos entre atores da comunidade científica e da sociedade”.

Plano e efeitos – De acordo com Alex Oliveira, a Fapema tem obtido resultados positivos com os trabalhos desenvolvidos nessa nova gestão. Ele revela que, em 2015, na linha Mais Ciência houve um aumento no número de projetos de pesquisas apoiados, passamos de 574 apoiados em 2014, para 664 projetos em 2015. Já na Mais Qualificação houve ampliação no número de bolsistas contemplados pela Fundação, com destaque para a pós-graduação, que obteve um crescimento de 58% em relação a 2014.

O diretor-presidente conta que outro resultado importante refere-se à interiorização dos investimentos em ciência e tecnologia do estado, diminuindo a concentração de investimentos na Capital e propiciando um crescimento de 8% nos investimentos no interior do estado, rompendo uma estagnação histórica de mais de três anos, na ordem de 18% dos investimentos. “Estes ganhos se repetem em todas as linhas de ação e se reforçam na medida em que abrimos espaço para novas possibilidades de participação como no Universidade de Todos Nós, Solidários, Startups, Agricultura Familiar e Tecnologia Social”, finaliza.