Fapema participa de reunião em Alagoas
O objetivo do encontro com outras fundações de amparo foi prospectar ações de apoio a negócios inovadores para 2017
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) recebeu representantes de seis estados nordestinos para reunião sobre economia criativa, nesta sexta (29), dentre estas a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). As fundações estão somando esforços para captar recursos que viabilizem projetos e editais voltados para economia criativa e negócios inovadores na região.
Segundo o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, em um momento de crise, como o que se vive atualmente, é preciso inovar também nos arranjos institucionais. “Nada mais importante do que agregar a força das fundações estaduais na busca de novas possibilidades, recursos e parcerias que possam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico em cada estado do Nordeste”, explicou.
Para Mauricio Sá, Coordenador de Inovação e Empreededorismo da Fapema, essa articulação institucional entre o Nordeste é bastante oportuna, pois os estados dessa região apresentam características de desenvolvimento e necessidades mais homogêneas. Ele destacou que, além dessa homogeneidade, o Nordeste foi a região do Brasil que mais cresceu nos últimos anos – e com maior potencial de crescimento para os próximos anos, o que, por si só, já é um fator inescapável a ser levado em consideração no tocante à apreciação da proposta que esta surgindo neste momento sobre a Economia Criativa. “Neste sentido, as fundações estaduais deverão trabalhar em conjunto para viabilizar chamadas públicas de financiamento capazes de induzir projetos que transformem produtos da cultura ímpar do Nordeste em empresas, produtos e empreendimentos dentro deste universo”.
Evento – A reunião começou com a palestra Economia Criativa e o Potencial Nordestino, do professor Elder Patrick Maia, da Universidade Federal de Alagoas, doutor em sociologia e especialista no assunto. Ele destacou, dentre outros aspectos, que games, moda, artes visuais, patrimônio cultural, gastronomia e produtos multimídia são exemplos de produtos altamente rentáveis no setor, cada vez mais presentes na cultura digital e nas tendências atuais de consumo. “Todos os gestores demonstram muito interesse. Embora de áreas distintas do conhecimento, estão muito sensíveis. É uma notícia muito bem-vinda”, comentou Elder Maia sobre a ocasião.
De acordo com a definição da Unesco, as atividades da economia criativa são baseadas no conhecimento e produzem bens tangíveis e intangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor econômico. Em termos mais práticos, o sociólogo explica que a economia criativa alia expressões populares, saberes, tradições e o senso de pertencimento e identidade a serviços, produtos e atividades que geram emprego e renda e estão relacionadas com a dignidade material, sobretudo dos jovens e pessoas ligadas à segmentos de atividades artísticas.
Além dos citados, estiveram presentes na reunião Eduardo Almeida, diretor-presidente da Fapesb( Bahia), Francisco Guedes Filho, diretor-presidente da Fapepi (Piauí); os diretores de inovação Fátima Cabral e Jorge Soares, respectivamente da Facepe (Pernambuco) e Funcap (Ceará); Maurício Sá, coordenador de inovação e empreendedorismo da Fapema (Maranhão); José Jivan, diretor financeiro da Fapitec (Sergipe) e Juliana Khalili, coordenadora de projetos especiais e inovação da Fapeal.