Fapema promove valorização dos blocos carnavalescos com apoio a estudo sobre o tema

Fapema promove valorização dos blocos carnavalescos com apoio a estudo sobre o tema
janeiro 16 14:43 2024

O Carnaval maranhense, conhecido por sua riqueza cultural e tradição, ganha destaque em pesquisas, que promovem o resgate e a valorização desta que é a maior festa popular do país. Neste cenário, o estudo ‘A Trama dos Tambores: Os Blocos Tradicionais no Carnaval de São Luís (1920-2019)’ faz recorte histórico dos blocos carnavalescos, analisando as transformações ocorridas ao longo de nove décadas. Conduzida pelo pesquisador e historiador da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), André Araújo de Menezes, a pesquisa tem apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). O estudo oferece visão ampla das mudanças que marcaram essa forte expressão do Carnaval do Maranhão.

“Acompanhamos a trajetória desta que é uma das manifestações carnavalescas mais populares em nossa cidade. A partir do estudo da bibliografia especializada, dos jornais ludovicenses e de entrevistas com destacados expoentes dessas manifestações, contamos relevante parte da história dos blocos tradicionais e do próprio Carnaval de São Luís, no decorrer do século XX. Queríamos valorizar esta manifestação, visto que há poucos registros sobre o tema”, ressalta o pesquisador André Menezes.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, destaca a relevância do estudo e a importância do apoio financeiro da Fundação que, seguindo orientação do governador Carlos Brandão, tem estimulado pesquisas que resgatam e preservam a cultura local. “A Fapema desempenha função importante no impulso, divulgação e valorização dessa festividade, contribuindo para o entendimento mais profundo de suas raízes históricas e culturais. Este apoio contribui para o sucesso e alcance desses estudos, ao oferecer suporte financeiro e possibilitar o estrutural. Enriquece nosso entendimento cultural e contribui para preservar e valorizar estes grupos tão emblemáticos para as festividades carnavalescas maranhenses”, ressalta.

A pesquisa mergulha nas raízes históricas dos blocos tradicionais, explorando os elementos culturais, sociais e musicais que contribuíram para a formação dessa trama rica e complexa. Abrangendo um período de quase um século, proporciona uma compreensão mais aprofundada das dinâmicas que moldaram os blocos e influenciaram o Carnaval de São Luís. Menezes destaca o papel da imprensa escrita da capital, que fomentou o discurso de ‘ressurgimento’ do Carnaval de rua de São Luís, no período e a importância para o crescimento e continuidade dos blocos.

“A imprensa trouxe o discurso de defesa do Carnaval de rua, a partir dos próprios cordões, surgidos na década de 20. Especialmente, ao pôr em evidência em suas páginas a posição social dos seus idealizadores e brincantes. Bem diferente à marginalização que era relacionada aos praticantes do entrudo e outras brincadeiras de rua anteriores. Considero que a pesquisa somou ao conhecimento que temos do nosso Carnaval e de sua trajetória. Entendo que conhecermos nossa história e cultura é essencial se queremos valorizá-la e preservá-la”, avalia o pesquisador.

O pesquisador aponta que, “o fomento da Fapema foi essencial para que o projeto de iniciação científica fosse possível, na compra de materiais, nos deslocamentos para estudo de campo e para a continuidade da minha graduação”. O trabalho segue dando origem a mais produções acadêmicas, que enriquecem cada vez mais o conhecimento sobre o Carnaval maranhense, acrescenta André Menezes.

Somado ao impacto acadêmico, estas pesquisas têm o potencial de promover a cultura local, despertando o interesse da comunidade e incentivando a participação ativa na preservação das tradições carnavalescas. “Neste sentido, o apoio da Fapema impulsiona a produção científica, fortalece os laços entre a academia e a sociedade e promove o Carnaval maranhense como patrimônio cultural a ser preservado e celebrado”, conclui Nordman Wall.

 

Texto: Sandra Viana- Jornalista (NDC)