Governo cria Centro Ignácio Rangel visando fomentar o debate sobre o desenvolvimento do Maranhão e Brasil
Visando estimular a realização de pesquisas que analisem e indiquem os principais desafios e estratégicas de superação para o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil, o Governo do Estado criou nesta segunda-feira (13) o Centro Ignácio Rangel de Estudos do Desenvolvimento. Por meio dos trabalhos realizados no Centro serão apontados novos eixos de crescimento e possibilidades de ganhos para a população e de melhoria de qualidade de vida dos maranhenses.
Ligado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o Centro Rangel tem ainda o objetivo de apoiar e difundir a obra de Ignácio Rangel através de programas, projetos e eventos e constituir acervo de memória oral sobre os temas afins do Centro: economia, educação, ciência e questões agrárias e territoriais do Maranhão. A produção de pesquisa no âmbito do Centro se dará por meio de uma política de fixação de recém-doutores nas três grandes instituições de pesquisa do Estado – Uema, Uemasul e Ufma.
A portaria de criação do Centro Rangel foi assinada pelo secretário da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonantan Almada, em evento realizado na sede da Secti que contou com as presenças do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Alex Oliveira, presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), Felipe de Holanda, e dos professores Rossini Correia, Raimundo Palhano, João Batista Ericeira e Elias Jabor, que irão integrar o Comitê de Governança e o Conselho Consultivo do Centro.
O secretário Jhonatan Almada disse que a ideia é que os pesquisadores envolvidos no Comitê de Governança já trabalhem um programa de desenvolvimento de ações para este ano. “O primeiro evento será agora dia 20 com o lançamento do edital da Fapema do Projeto Ignácio Rangel para atrair pesquisadores recém-doutores para o Maranhão, com o objetivo de nos ajudar a pensar no desenvolvimento do Estado e do Brasil”, disse.
A expectativa, segundo o secretário, é de que o Centro produza respostas de longo prazo para os desafios do Maranhão. “O objetivo do Centro é muito sólido, focado: pesquisa aplicada ao desenvolvimento do Maranhão. Um espaço de pensamento e ação que vai ajudar o governo não somente agora, nesta gestão, mas de tal forma que outros governantes tenham um norte, o que nós não encontramos”, destacou o secretário. “Queremos deixar enquanto legado do ponto de vista da ciência e tecnologia um projeto de desenvolvimento para o Maranhão”, completou Jhonatan Almada.
Para o presidente do Imesc, o Centro é uma iniciativa oportuna, uma vez que o Maranhão está precisando pensar o desenvolvimento do Estado em longo prazo. “A instalação do Centro Ignácio Rangel vem nessa direção. O nome do homenageado não é à toa, é um maranhense com uma obra extremamente vasta e respeitável sobre o desenvolvimento Nacional e Regional. Essa iniciativa vai ser muito importante no sentido de aprimorar os trabalhos sobre o desenvolvimento do Estado”, disse Felipe de Holanda.
O professor Elias Jabor, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, disse que o Maranhão tem hoje o papel de mostrar para o restante do país uma pauta de resistência para o que está sendo posto pelo governo federal – mais ajuste fiscal, retração e menos investimentos sociais. “O papel do Centro é indicar uma resistência no campo das ideias, inclusive demonstrando a necessidade do planejamento econômico como forma de enfrentamento da crise”, observou Jabor, dizendo que o grande mérito de Centro é fomentar o pensamento estratégico.
EDITAL
O presidente da Fapema, Alex Oliveira, contou que o edital de apoio às pesquisas voltado ao Desenvolvimento: Ignácio Rangel está sendo finalizado pela Fundação levando em consideração as contribuições que foram dadas por pesquisadores que atuam em diferentes áreas de conhecimento da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Universidade Estadual do Maranhão Sul (Uemasul). As contribuições foram feitas durante a Oficina de Planejamento e Participação Social realizada no dia 30 de janeiro e teve o objetivo debater e traçar diretrizes para a elaboração do edital.
“Nós vamos trazer quinze professores doutores para o Maranhão que vão trabalhar nas universidades do Estado e nesse processo vamos envolver tanto os programas de pós-graduação quanto o trabalho desses professores no Centro Ignácio Rangel. Com isso o Estado ganha com novas pesquisas e publicações que vão revelar novos caminhos para o desenvolvimento do Maranhão” disse Alex Oliveira.