Iema promove II Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica no Maranhão
Embora seja um dos assuntos mais repercutidos atualmente, muitas pessoas ainda desconhecem a proposta e o motivo para a reforma do ensino médio. Trata-se de uma mudança estrutural no sistema atual do ensino médio visando a melhoria da educação brasileira. Por meio desta proposta, a grade curricular passa por flexibilização no que diz respeito ao estudante escolher qual a área do conhecimento deseja se aprofundar.
Buscando fomentar os debates sobre a importância deste acontecimento histórico na educação, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) realiza no dia 19 de abril no Espaço Orienta, localizado no Jardim Renascença, o II Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica no Maranhão, com o tema “A reforma do ensino médio e a educação profissional”. A solenidade de abertura será proferida pelo reitor do Iema, Jhonatan Almada.
As atividades continuam com a mesa de abertura às 9h30 com a temática ‘Os desafios da educação profissional com a reforma do ensino médio’. Os convidados são José Henrique Paim – consultor do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), a gerente do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe-FGV), Tereza Cosetti Pontual. A mesa de abertura terá como mediador o reitor do Iema Jhonatan de Almada.
“Farei a mediação desta mesa acompanhando a apresentação dos convidados, fazendo uma síntese que servirá como subsídio para um livro que será publicado posteriormente com os resultados do II Seminário Nacional” explica o reitor Jhonatan Almada.
Durante o dia, outras mesas de debate ocorrem, reunindo o público e convidados especiais. A segunda mesa do dia discutirá o ‘Processo de construção da base nacional comum curricular’, e vai ter a participação do gerente de soluços do Instituto Unibanco, Alexsandro do Nascimento, e da presidente do Conselho Administrativo do Cenpec/membro do Movimento pela Base, Anna Helena Altenfelder.
“As políticas de ensino médio e de formação técnica e tecnológica são uma agenda estratégica para o desenvolvimento social e econômico do país e também são um campo importante para a defesa e ampliação do direito à educação. Nesse momento difícil que nossa democracia atravessa, é imprescindível que tenhamos coragem de constituir fóruns como esse, congregando as educadoras e educadores progressistas e amplificando o debate com a participação da sociedade civil. Além disso, o Maranhão tem dado uma contribuição absolutamente relevante para o enfrentamento de problemas históricos da educação pública como a valorização profissional dos educadores e a qualidade da infraestrutura das escolas. Nesse sentido, realizar um evento deste tipo no estado, sinaliza boas possibilidades de aprendizado sobre as políticas públicas”, disse Alexsandro do Nascimento, pontuando que está lisonjeado por compor o II Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica proposto pelo Governo do Maranhão.
A mediação da mesa fica por conta do diretor de Ensino do Iema, Elinaldo Silva. “A base nacional comum curricular é uma política do Ministério da Educação e tem estreita relação com a Lei 13.416 de 2017 que altera a organização curricular do ensino médio brasileiro. A proposta é que passamos discutir todo o processo de construção da base nacional comum curricular em especial a do ensino médio, onde os debatedores e plateia possam aprimorar os conhecimentos sobre essa base que está prestes a ser implementada em todas as escolas do Brasil, tanto da rede pública quanto privada. É um momento de grande relevância, dada a expectativa do Instituto em também implantar a reforma que irá orientar as novas diretrizes pedagógicas visando à maximização da qualidade de ensino ofertado”, explica Elinaldo Silva.
Das 11h30 às 12h30 a temática é ‘Itinerários da educação profissional e tecnológica e a reforma do ensino médio’ que vai contar com a participação da diretora de articulação e expansão das redes de educação profissional e tecnológica na Setec (MEC) Fernanda Marsaro, do professor do Instituto Federal de Brasília (IFB) Marcelo Feres, com mediação do diretor de Pesquisa e Extensão do Iema, Dario Soares.
A quarta mesa de conversa será mediada pelo diretor de Planejamento Administrativo do Iema, Emanuel Denner. Com a temática ‘Práticas de flexibilização no ensino médio/educação profissional’, a mesa terá a participação do coordenador do ensino técnico do Centro Paula Souza, de São Paulo, Almerio Melquiades de Araújo, da diretora de ensino médio (Seduc/BA), Tereza Santos Farias, e da coordenadora de currículo e desenvolvimento humano (Seduc/BA), Jurema Oliveira.
“A expectativa em partilhar o percurso de construção das Novas Arquiteturas Curriculares do Ensino Médio no Estado da Bahia com o Iema é extremamente positiva, pois enfrentamos, coletivamente, um grande desafio nacional, que é o de implementar a Lei 13.415/2017. A Rede Estadual de Educação da Bahia vem promovendo a ampliação do diálogo sobre a flexibilização curricular no ensino médio desde o ano de 2016, e no ano de 2017 deu materialidade à novas arquiteturas curriculares em 27 unidades escolares de ensino médio de tempo parcial. O processo de construção das novas matrizes, que integra itinerários fixos propedêuticos para algumas escolas e itinerários híbridos ou integrados para outras, foi realizado de modo participativo junto às unidades escolares. Para 2018 será aberta uma chamada pública para que outras 73 unidades escolares de ensino médio possam aderir e reformular os seus currículos”, explica Tereza Santos Farias.
Última mesa-redonda será mediada pelo secretário de Estado da Educação (Seduc/MA), Felipe Camarão, com o tema ‘Indicadores educacionais da educação básica e profissional’ com participação do diretor de relações institucionais, estudos e pesquisas do Instituto Qualidade no Ensino (IQE), o doutorando em ciências políticas pela Universidade de Brasília (UnB) e secretário adjunto de educação profissional e inclusão social, André Bello, e o professor titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma) e diretor administrativo da Associação Brasileira de Prevenção e Evasão na Educação Básica, Profissional e Superior (Abapeve), Rogério Telles.