Plano em Ciência, Tecnologia e Inovação é discutido em São Luís

confap 2013 red
Por Ivanildo Santos 1 de fevereiro de 2013

confap 2013 redO debate sobre a proposta do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia foi a pauta do Fórum Regional Norte do Concecti & Confap realizado nesta sexta-feira,01, em São Luís.  O encontro, foi organizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).

A reunião foi aberta pelo presidente do Consecti, Odenildo Sena, e contou com a presença da representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ana Lúcia Assad, chefe da Assessoria de Coordenação dos Fundos Setoriais; de Antônio Galvão, diretor do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), do gerente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Jose Luis Lupo, além dos anfitriões do evento, a Secretária de Ciência, Tecnologia Rosane Guerra e do presidente da Fapema, Antônio Luiz Amaral Pereira e de outros 27 representantes de órgãos e instituições estaduais da Amazônia Legal.

            Na reunião, os participantes conheceram os detalhes do plano de ação, e foram apresentados à proposta da Agenda de Curto Prazo, que será executada entre os anos de 2013 e 2015. Entre as metas apresentadas, estão: o alinhamento da estratégia de ciência e tecnologia para Amazônia ao programa Brasil Maior; a ampliação da dimensão regional das propostas, a articulação entre segmentos sócio-produtivos para auxiliar a formatação em rede das propostas pró-Amazônia e a apresentação de novas opções de negócios sustentáveis.

            O presidente do Fórum, Odenildo Sena, lembrou que o plano é fruto de diversas reuniões que vem acontecendo em várias estados da região que compõe a Amazônia Legal, o que possibilita um entendimento mais amplo e claro das iniciativas que foram tomadas. “Esses fóruns nós já realizamos em várias unidades e o que temos aqui, foi feito a partir do que já estudamos e que nos possibilitou construir esse referencial para ciência, tecnologia e inovação, pois estamos ávidos para conquistar esses espaços e o desenvolvimento de nossa região”, salientou.

 Para Ana Lúcia Assad, a iniciativa é fundamental para promover uma região competitiva no setor. “A ação faz parte da articulação dos estados. O Ministério da Ciência e Tecnologia já vem executando um conjunto de ações importantes, construídas por eles. Há exemplos como o Renobio, o Bionorte que tem dado o impulso para a formação de recursos humanos e empreendedorismo. Acredito que o debate estratégico é fundamental para que possamos avançar ainda mais”, argumenta.

            Entre os projetos que integram documento, estão: o Programa Biota, do Mato Grosso, com a proposta de uma base para uso e a valoração da biodiversidade na gestão das políticas públicas no estado; o Desenvolvimento de Cadeias de processamento de produtos Vegetais, realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (FAPESPAPA); e ainda a implantação do Pólo Tecnológico Cidade Empresarial e o Centro de Pesquisa em Corrosão, ambas originadas pela SECET do Maranhão.

Na visão da Secretária de Ciência Tecnologia e Ensino Superior do Maranhão, Rosane Guerra, essas iniciativas estão sendo buscadas, como por exemplo, através de mecanismos que auxiliem na valorização e na ampliação da infraestrutura para produção regional. “O BID, por exemplo, tem se mostrado inclinado a fazer parte do plano com a destinação de recursos financeiros aos projetos que serão implantados”, explicou.

            “Nós temos mais de 53 anos trabalhando na America Latina, justamente através de ações para combater a pobreza e para a produtividade e o crescimento econômico. E isso é feito em vários eixos, principalmente no desenvolvimento sustentável. Por isso essa iniciativa aqui é muito importante, pois podemos aproveitar todas as possibilidades de desenvolvimento”, ratificou o gerente do BID, Jose Luis Lupo.

            Para os membros das Fap’s e secretários presentes à reunião, o Plano de Ação servirá também como um aliado, não só para promover o desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação, mas também para elevar os índices de desenvolvimento humano dos estados da região. O Plano de Ação apresentado tem como eixo central a Ciência, Tecnologia e Inovação com foco na mudança da natureza das relações de exploração da biodiversidade da Amazônia, o que contribuiria diretamente para a melhoria dos índices sociais.

            Nesse contexto, o diretor do CGEE, Antônio Carlos Galvão, fez um elogio ao estado do Maranhão, que tem aplicado recursos convergentes para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, com foco na redução da pobreza. “O que queremos é exatamente isso. Que haja uma percepção coletiva de que investir em ciência e tecnologia significa desenvolver alternativas para eliminar a pobreza”, analisou. Hoje a Amazônia legal brasileira possui 5,0 milhões de km2, correspondentes a 58,8% do território nacional.