No 8º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisa em Jornalismo (SBPJor), que São Luís sedia até hoje (10), uma mesa redonda que aconteceu na manhã desta terça-feira (09) formada por representantes da FAPEMA, Ipea e UnB debateu os caminhos das redes de pesquisa no Brasil.
Durante sua apresentação, a diretora-presidente da FAPEMA, Rosane Nassar Meireles Guerra, discorreu sobre alguns convênios e cooperações técnicas que a Fundação mantém com instituições nacionais e internacionais e destacou ainda a importância do trabalho em rede. “Embora tardiamente, o Brasil despertou para a necessidade de interação. Um exemplo bem sucedido desse trabalho tem sido a Rede Nordeste de Biotecnologia que formou 10 doutores em três anos, quatro somente no Maranhão. Esses pesquisadores saem do programa com um alto nível de excelência, com a produção de muitos artigos científicos e até mesmo de patentes. Isso não seria possível se não fosse pelo trabalho integrado entre os estados envolvidos”, informou Rosane Guerra.
A presidente da FAPEMA, em sua fala, também sugeriu aos presentes a formação de uma rede em comunicação, visto que há poucos cursos de pós-graduação nessa área no país. Zélia Leal Adghirni, da Universidade de Brasília (UnB), mostrou a experiência de 10 anos da Rede de Estudos sobre Jornalismo (REJ/UnB), um grupo de pesquisa interdisciplinar e internacional, fundado em 2002, com o objetivo de estudar a produção e a mediação da informação jornalística. Os estudos organizados em torno do jornalismo e das novas tecnologias já existiam desde o final dos anos 90, mas o grupo só foi constituído formalmente após muitos encontros e debates sobre o tema. A rede integra atualmente 27 pesquisadores ligados a universidades de diferentes países: França, Brasil, Canadá, México e Ilha da Reunião.
Completando as discussões, o jornalista maranhense Daniel Castro, assessor de comunicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fez um panorama do trabalho desenvolvido pela instituição, apontou avanços e falhas ao longo dos 46 anos de atuação do Instituto. O assessor também citou algumas possibilidades de integração entre os pesquisadores e o Ipea, como a publicação de livros e formas de apoio à realização de eventos científicos.