42 projetos de Biocosméticos são avaliados pela Redebio

reniredebio
Por Ivanildo Santos 9 de abril de 2010

Andiroba, copaíba, castanha-do-brasil e babaçu são alguns dos recursos naturais da floresta que podem virar produtos inovadores em Biocosméticos. Para isso a Rede Amazônica de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocosméticos (RedeBio) está avaliando 42 propostas para definir quais vão receber apoio para realização de atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação a partir do aproveitamento sustentável da biodiversidade da floresta amazônica de cinco estados da Região Norte.

A coordenadora do Fundo Científico de Desenvolvimento da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Fureniredebiontac), Lucimar Araújo, que está participando da reunião da Redebio em Manaus, disse que a Rede vai alavancar as pesquisas com produtos da região. “Temos 5 projetos que têm como matérias-primas a andiroba, copaíba e a castanha. Esperamos conseguir o fomento para desenvolver as pesquisas”, declara.

A Assessora de Planejamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (Fapema), Gilza Prazeres, conta que o Estado está com 7 projetos e o babaçu é um dos principais produtos da floresta que tem um grande potencial para se transformar em biocosmético. Ela fala que a Redebio é uma iniciativa valorosa que vai ajudar a integrar melhor os Estados da Amazônia e melhorar a qualidade das pesquisas na área. “Com certeza as pesquisas trarão grandes benefícios para a comunidade”, afirma.

O diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Sanclayton Moreira, explica que a ideia é agregar valor aos insumos do Estado por meio do conhecimento científico. Ele comenta que, com a Rede, podem ser criados protetores solares, cremes, hidratantes e essências a partir de produtos como a castanha-do-brasil, babaçu, andiroba e a copaíba.

Para o diretor presidente da Fapeam, Odenildo Sena, “a partir desta iniciativa, formamos um pool de FAPs e Sects para integrar redes de pesquisa e trabalhar em cima de insumos básicos da Amazônia. Nosso  objetivo principal é transformar esses insumos em produtos comercializáveis, gerando produtos, patentes e bem estar social”.

Ao todo, foram submetidas 42 propostas, sendo 19 do Amazonas, oito do Pará, sete do Maranhão, cinco do Acre e três do Tocantins. De acordo com a diretora técnico-científica da Fapeam, Patrícia Sampaio, “a Fapeam teve um papel de protagonista na articulação da rede, e o número de propostas apresentadas pelo Amazonas representa a resposta positiva dos pesquisadores do Estado. Este é um sinal de que estamos no caminho certo”.