A hora da virada
Ministro do Meio Ambiente discute ações para conservar os mais emblemáticos biomas brasileiros
As várias iniciativas para conter o desmatamento na Amazônia e para aumentar a proteção da mata atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país, foram discutidas ontem em palestra pelo ministro do Meio Ambiente. Segundo Carlos Minc, o objetivo do ministério é dobrar as reservas dessa floresta em 15 anos, com a ampliação de parques públicos como o da serra dos Órgãos, que subiu de 11 mil hectares para 19 mil.
“No futuro, esperamos que a conservação dependa mais de tecnologia e educação do que de repressão”, afirmou Minc na conferência que fez ontem no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. No evento, organizado pelo Instituto Ciência Hoje e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o ministro expôs algumas das principais iniciativas da sua gestão.
Minc citou os pactos setoriais para impedir o comércio de produtos oriundos de áreas desmatadas, como soja e madeira. Ele também mencionou o Arco Verde, conjunto de ações que visa o estímulo de desenvolvimento sustentável. Um exemplo é a garantia de preço mínimo para mercadorias como a borracha, na qual a aplicação de uma tecnologia da Universidade de Brasília (UnB) garantiu a duplicação do preço da matéria-prima.
O ministro salientou que as questões ambientais estão se ampliando cada vez mais e hoje abrangem não só a academia e os movimentos sociais, mas também as empresas.
Carlos Minc é o entrevistado de agosto da revista Ciência Hoje. Na conversa com nossa reportagem, ele fez um balanço dos seus 13 meses de gestão e destacou suas principais conquistas e derrotas. Clique no ícone a seguir para baixar o arquivo PDF com a entrevista na íntegra (973 KB). PDF