Aedes aegypti: Pesquisa busca avaliar o nível de conhecimento da população de São Luís sobre a dengue
As ações de combate ao Aedes aegypti estão centradas nas estratégias de controle e erradicação, que incluem como componentes básicos: saneamento do meio ambiente; ações de educação, comunicação e informação; e combate direto ao vetor.
Levando em consideração que a meta das campanhas informativas é a promoção de conscientização para então haver a mudança de hábitos pela população, um estudo da Universidade Ceuma, coordenado pela pesquisadora Cristiane Costa de Carvalho, foi realizado com o objetivo de diagnosticar o nível de conhecimento que uma faixa da população urbana de São Luís tem sobre a dengue.
Foram analisadas residências localizadas no bairro Turu (Vila Mariana), em São Luís, onde todos os entrevistados afirmaram já ter ouvido falar em dengue, sendo a televisão o meio de informação mais citado, seguido de jornal impresso e orientações nas escolas. Ao todo, 75% dos entrevistados eram do sexo feminino, 36% possuíam ensino médio completo, 47% faixa etária acima dos 40 anos e 78% renda familiar de 1 a 3 salários mínimos.
“Sobre as características da doença, a maioria dos entrevistados deu apenas respostas genéricas: ‘doença’, quando perguntados sobre o que é dengue; ‘picada de mosquito’ para forma de transmissão e ‘mosquito’ para agente transmissor”, explicou Cristiane Costa de Carvalho, mestre em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Já para as perguntas relacionadas às medidas de controle e prevenção, bem como sobre os sintomas da doença, a maioria dos entrevistados citou respostas mais elaboradas.
Segundo a pesquisadora, quando perguntados se alguém na residência já teve dengue, 81% responderam que não. “As residências amostradas apresentaram, em sua maioria, fornecimento regular de água pela Companhia de Água e Esgoto, mesmo assim 58% da população entrevistada estoca água para o consumo, principalmente em caixas d’água e tonéis, que segundo eles são tampados”, afirma Cristiane Costa de Carvalho.
Conforme constatou a análise, o destino do lixo, fator importante para evitar locais propícios para criadouros, foi investigado e 71% dos entrevistados afirmou que o acondicionam para ser coletado pela empresa de limpeza urbana, sendo o serviço ofertado regularmente.
Contudo, metade das residências visitadas apresentava criadouros potenciais para a proliferação do A. aegypti, fato preocupante, pois a situação de emergência da febre da dengue está diretamente relacionada à reinfestação constante pelo A. aegypti, onde pode ser encontrado nos domicílios ou peridomicílios. Já em relação à visita do agente de saúde, a maioria respondeu que se dá esporadicamente.