Artigo avalia padrões de utilização de serviços odontológicos

Artigo avalia padrões de utilização de serviços odontológicos
dezembro 03 14:38 2009

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, avaliou o uso regular de serviços odontológicos entre 2.961 adultos moradores do município, com o objetivo de identificar grupos nos quais esse comportamento é mais frequente. A pesquisa, publicada na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontou uma prevalência de uso regular de 32,8% dentre os entrevistados.

“Estiveram positivamente associadas ao uso de forma regular as seguintes características: ser do sexo feminino, ter idade igual ou maior que 60 anos, não ter companheiro, ter alta escolaridade, ter maior nível econômico, usar serviços privados, ter autopercepção de saúde bucal boa/ótima, não ter autopercepção de necessidade de tratamento, ter recebido orientação sobre prevenção e ter manifestado opinião favorável ao profissional”, comentam os pesquisadores no artigo. csp_odontopelotas

Segundo os pesquisadores, o estudo ainda apontou um menor uso regular de serviço odontológico entre os usuários de serviços públicos em relação aos particulares, sendo os pacientes mais pobres e menos escolarizados os que menos buscam orientação. Dessa forma, a informação do paciente, a construção de uma relação de confiança e a adoção de uma atitude proativa por parte dos profissionais, não esperando que usuário tome a iniciativa da procura do serviço somente numa situação de necessidade, são destacadas como sugestões para tentar elevar o número de visitas ao dentista.

“A utilização dos serviços odontológicos de forma regular pode proporcionar um maior contato do paciente com o dentista, fazendo com que questões como importância do autocuidado, hábitos nocivos à saúde e conhecimento sobre as doenças bucais possam ser trabalhadas”, comentam os pesquisadores. “Além disso, cáries dentárias e problemas periodontais poderiam ser detectados precocemente, exigindo procedimentos de menor complexidade”.