Por Silvane Magali Vale NascimentoDiretora Científica da FAPEMA
No domingo, 10 de maio, comemoramos o DIA DAS MÃES! Missão árdua e ao mesmo tempo terna, a de cuidar, maternar um ser, contribuir para que verdadeiramente se torne um SER HUMANO no sentido pleno da palavra.
A maternagem, assim como a maternidade é uma opção, não uma obrigação atribuída às mulheres, não é uma função ou um destino das mulheres, repito: é uma opção; em sua maioria acolhida com imensa satisfação.
As mães são diversas, como diversas são as mulheres. Mas trazem em sua essência, o amor pelos seus filhos e filhas. O amor de mãe é sublime, ainda que por vezes, torne-se áspero, rude, disciplinar. Mas “…quando a gente ama é claro que a gente cuida…” diz o poeta e compositor Caetano Veloso. Por vezes, esse cuidar pode aproximar-se do exagero, mas “toda maneira de amor vale a pena, toda maneira de amor vale amar”, dizem Caetano Veloso e Milton Nascimento. Assim é o amor das mães.
Independente de raça/cor, credo, orientação sexual, classe social, nível de escolaridade, idade ou profissão, as mães amam. Cada uma ao seu modo, dentro de seus valores e crenças.
Os conselhos e sermões têm a mesma intenção dos afagos e mimos, Afinal, quem disse que amar não implica dizer não? O importante é perceber a grandiosidade do amor que se concretiza na desafiadora prática de SER MÃE.
Às mães pesquisadoras da FAPEMA, nossos calorosos aplausos pela instigante e incessante batalha para conciliar o cuidado com os filhos/as (independente de idade, pois o cuidado se dá em diversas dimensões) com o desafio do estudo, da pesquisa e da produção de conhecimento, tendo nessa prática também uma função pedagógica.
Uma homenagem com as palavras de Carlos Drummond de Andrade às mães pesquisadoras da FAPEMA:
Para Sempre
Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra — mistério profundo — de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade, in ‘Lição de Coisas’