Campus Mata Atlântica terá programa de coleta seletiva de resíduos sólidos

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Por Ivanildo Santos 11 de dezembro de 2009

Em parceria com a organização não-governamental (ONG) Viva Rio, a Fiocruz lançou um programa de cunho social voltado à coleta seletiva de resíduos sólidos em seu campus da Mata Atlântica, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A inciativa que atenderá a cinco comunidades (Caminho da Cachoeira, Sampaio Correia, Viana do Castelo, Faixa Azul e Remédios). O programa terá duas vertentes, segundo o gestor da diretoria de Administração da Fiocruz no campus da Mata Atlântica, William Keller de Rezende Lima. O material que for coletado no Pavilhão Agrícola da Fiocruz será transportado para o campus de Manguinhos. “Simultaneamente, o programa vai atender às comunidades localizadas dentro do campus, por meio de um trabalho já articulado com cooperativas”, diz.

Os funcionários da Fiocruz e do Viva Rio envolvidos no programa receberão treinamento para aprender a separar e armazenar o lixo de forma correta, “para que a coisa funcione normalmente”, afirma Keller. Os materiais recicláveis externos ao campus da Mata Atlântica serão enviados à Cooperativa de Catadores CoopBarra.mata_atlantica

O gestor de Meio Ambiente da Fiocruz, Tatsuo Shubo, disse que o programa que será desenvolvido no campus Mata Atlântica é pontual e difere do programa que a instituição implantou no de Manguinhos, por força do decreto presidencial 5.940/2006, que trata da coleta seletiva pelos órgãos públicos federais. No campus de Manguinhos, o programa de coleta seletiva solidária de resíduos sólidos já conseguiu ter 42% de cobertura, em um ano e meio de implantação. A tecnóloga ambiental da Fiocruz Karina Santoro afirma que isso significa que dez unidades da Fundação já estão sendo atendidas pelo programa, envolvendo 50 departamentos e prédios que já efetuam a coleta de papel e papelão. Karina diz que quando o programa atingir 100% de cobertura, será implantada a coleta de outro tipo de resíduo, como plástico, por exemplo. Isso deverá ser alcançado dentro de dois anos.

A área de Meio Ambiente da Fiocruz promove cursos e treinamentos para as equipes de limpeza. “Se a gente não qualificar, não adianta nada, porque eles são os agentes principais dessa coleta”, observa Karina. No ano passado, o campus de Manguinhos consumiu 34 mil resmas de papel de escritório em dez unidades. Desse total, 17% foram encaminhados à reciclagem. Karina afirma que a coleta efetuada desde 2008 superou 90 toneladas de material encaminhado para reciclagem em uma empresa conveniada.

A ideia é ampliar, em 2010, o programa institucional de coleta seletiva solidária de resíduos sólidos aos demais campi da Fiocruz (Manguinhos, Expansão, Mata Atlântica, Instituto Fernandes Figueira e Laboratório Hélio Fraga, recentemente incorporado à Fiocruz).