Centro Brasileiro Argentino de Nanotecnologia inscreve para curso sobre Nanoestruturados

Centro Brasileiro Argentino de Nanotecnologia inscreve para curso sobre Nanoestruturados
novembro 17 11:20 2009

O Centro Brasileiro Argentino de Nanotecnologia (Cban) inscreve estudantes brasileiros interessados em participar do curso Revestimentos Nanoestruturados, a ser realizado na Pontifícia Universidade Católica (PUC)do Rio de Janeiro, entre o próximo dia 30 de novembro e 4 de dezembro. São oferecidas 18 vagas, além de apoio financeiro para transporte e alojamento aos estudantes selecionados.

A inscrição pode ser feitas até amanhã (18) pelo email cban@mct.gov.br. Os candidatos devem fornecer  dados pessoais e profissionais, currículo vitae e uma justificativa com no máximo 10 linhas explicando seu trabalho científico, bem como os motivos por que deseja participar do curso. Cada inscrição deve ser acompanhada de uma carta anuência do seu orientador ou chefe.

O curso é coordenado pelo professor Fernando Lázaro Freire Junior e ministrados pelo pelos professores André Pimentel, André Pinto, Carlos Figueroa, Clara Almeida, Dante Franceschuni, Galo Soler Llia, Israel Baumvol, Marcelo Costa, Rodrigo Prioli e Sergio Camargo. O programa consiste nos seguintes assuntos: tratamento de superfícies por plasma; funcionalização de superfícies e filmes de Langmuir; filmes de carbono nanoestruturados; multicamadas nanoestruturadas; nanotribologia; propriedades mecânicas em nanoescala técnicas de caracterização de superfícies: XPS, UPS, AUGER e Leis. microscopia eletrônica de transmissão; e microscopias de força atômica e de tunelamento.nanotecnologia

Nanoestruturados

Os materiais considerados nanoestruturados são todos aqueles que se apresentam, pelo menos em uma dimensão, com tamanho na ordem de nanômetros (10E-9 m), geralmente menores que 100 nm. O físico Gleiter é mais rígido, considerando como material nanoestruturado apenas aqueles que apresentam uma estrutura com um comprimento característico na ordem de poucos nanômetros, tipicamente de 1 a 10 nm.

Os materiais nanoestruturados podem ser divididos em três categorias:

a) a primeira compreende materiais com dimensões reduzidas e/ou dimensionalmente na forma de nanopartículas, fios, fitas ou filmes finos. Nanofitas de dióxido de estanho, são um exemplo deste tipo de nanoestrutura, que pode ser obtido por várias técnicas, tais como deposição química ou física de vapor, condensação de gás inerte, precipitação de vapor, líquido supersaturado ou sólido.

As nanopartículas podem ser divididas em orgânicas e inorgânicas. Na literatura encontram-se facilmente muito mais trabalhos envolvendo nanopartículas inorgânicas que orgânicas. As nanopartículas metálicas e óxidos são os principais representantes do grupo dos inorgânicos nanoestruturados. Os exemplos mais comuns de nanopartículas orgânicas são os componentes celulares e os vírus. Horn e Rieger, recentemente, escreveram um “review” no qual são abordados a teoria, a parte experimental e o uso de nanopartículas orgânicas; este trabalho merece relevância não apenas por ter sido publicado em um periódico de grande credibilidade, mas também pelo seu conteúdo e a forma como foi abordado. Não se entrará em detalhes sobre esse grupo de nanopartículas.

b) A segunda categoria compreende materiais em que a estrutura é limitada por uma região superficial fina (nanométrica) do volume do material. Por exemplo, nanoclusters de grafite recobertos com uma camada de partículas de cobalto. Pode-se obter este tipo de estrutura por técnicas como deposição química ou física de vapor e irradiação laser, sendo este último o procedimento mais largamente aplicado para modificar a composição e/ou a estrutura atômica da superfície de um sólido em escala nanométrica.

c) A terceira categoria consiste de sólidos volumétricos com estrutura na escala de nanômetros. Algumas ligas metálicas destacam-se como exemplos deste tipo de material. Existem várias técnicas para se obter este tipo de estrutura, desde a mistura mecânica (moagem) até a deposição química ou física de vapor.

Os materiais nanoestruturados ainda podem ser classificados de acordo com a composição química e dimensionalidade (forma) dos cristalitos (elemento estrutural).