Ciência sem Fronteiras abre novas oportunidades de qualificação para maranhenses

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Por Ivanildo Santos 16 de abril de 2012

Foto_1_cincias_sem_fronteiras_foto_Handson_ChagasA participação de maranhenses no Programa Ciência sem Fronteiras foi discutida nesta segunda-feira (16) entre o governo do Estado, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e instituições de ensino superior. O objetivo da reunião, que contou com as presenças da secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Olga Simão, do diretor da agência, Allan Kardec, da diretora da FAPEMA, Rosane Guerra, reitores e pró-reitores da Ufma, Uema, Ifma e UniCeuma; foi definir estratégias para que um maior número de maranhenses sejam beneficiados com o programa.

O Ciência sem Fronteira prevê a utilização de 75 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

“Temos trabalhado todos os editais de pesquisa em uma parceria grande com as universidades, visando colocar maior número de pesquisadores nos programas. No Ciência sem Fronteiras estamos também fazendo esta articulação com outras instituições, como é o caso deste programa com a ANP, para conseguirmos mais maranhenses inscritos no programa”, enfatizou a secretária Olga Simão.

O programa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. As áreas priorizadas pelo programa são Engenharias e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologias da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Biodiversidade e Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; Formação de Tecnólogos.

O diretor da ANP disse que a mobilização está acontecendo em todos os estados brasileiros. Foto_2_cincias_sem_fronteiras_foto_Handson_ChagasEle destacou que no caso do Maranhão existem investimentos importantes que precisam de competência, citando como exemplo a Refinaria Premium I e o site da empresa OGX. “Nós autorizamos agora investimentos de R$ 320 milhões para quero programa tome impulso forte neste setor. Os recursos são federais e serão disponibilizados por meio de editais públicos. A parceria com o governo do Estado é para que haja uma participação de todas as instituições mobilizadas pela Secretaria de Ciência e Tecnologia”, disse Allan Kardec.

“O Brasil precisa de óleo diesel, precisa de gasolina e nós precisamos de competência para esses setores. Não há espaços que não sejam da competência, por isso a importância da ciência e da tecnologia, e daí a importância dessa mobilização para que os maranhenses trabalhem e venham para essa grande avenida que está sendo aberta para os maranhenses e para aqueles que venham morar no Maranhão”, completou o diretor.

A diretora presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Rosane Guerra, disse que o Programa Ciência sem Fronteiras é uma chance única dos alunos se especializarem fora do país. “Aqui estamos discutindo quais mecanismos são necessários para que o maior número de maranhenses possa ter essa oportunidade”, ressaltou.

Ela lembrou que a FAPEMA participa com o CNPq e outras fundações de amparo à pesquisa em programas de atração e repatriamento de doutores e também com ações complementares no envio de alunos ao exterior. “As chamadas para o programa já foram lançadas, mas elas são quase de fluxo continuo, há pelo menos duas chamadas anuais”, contou.