Espécie de baleia que vive até 200 anos pode nos ajudar a compreender (e atrasar) os efeitos da velhice

84584 web
Por Ivanildo Santos 6 de janeiro de 2015

84584 web

Uma pesquisa que decifrou o genoma da baleia-da-Groenlândia pode nos ajudar a compreender como membros da espécie podem chegar aos 200 anos sem doenças relacionadas à velhice – e, talvez, a retardar os efeitos da idade em humanos.

Além de apresentar o genoma da baleia, o estudo também apresenta alguns pontos cruciais em que a sequência difere de outros mamíferos. Essas alterações genéticas poderiam explicar o aumento na longevidade dessas baleias e também sua resistência ao desenvolvimento de câncer.

Os pesquisadores responsáveis notam que, apesar de ter 1000 vezes mais células que um humano, as baleias não tem um risco maior de desenvolver tumores – o que sugere que existam mecanismos naturais de proteção contra esse tipo de ocorrência. “Minha teoria é que as baleias evoluiram com truques genéticos para ter uma vida maior, e, ao descobrir esses truques, poderíamos aplicá-los em humanos”, afirma João Pedro de Magalhães, da Universidade de Liverpool, o principal autor do estudo.

O próximo passo na pesquisa seria criar ratos que reproduzam as alterações genéticas das baleias-da-Groenlândia. Dessa forma, eles irão verificar se a longevidade pode ser passada para outros mamíferos através da manipulação de DNA.