Esporte nacional ganha Laboratório Olímpico

Esporte nacional ganha Laboratório Olímpico
março 12 11:51 2010

A preparação para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 vai além da preocupação com a infraestrutura do evento. Para mostrar presença no pódio, ciência e tecnologia são ingredientes fundamentais. É com esse objetivo que o Brasil vai ganhar um grande laboratório olímpico, em iniciativa do COB com apoio de R$ 13 milhões da FINEP. “Pela primeira vez no Brasil teremos a área científica pensando exclusivamente no e para o esporte e assim criaremos uma nova cultura na preparação de nossos atletas”, diz Marcus Vinícius Freire, superintendente executicobvo de esportes do COB.

Segundo ele, o laboratório será a principal referência em Ciências do Esporte da América Latina. A partir de sua inauguração, o País passará a ter uma estrutura montada para o acompanhamento e preparação de seus principais atletas nos moldes do que já é feito pelas potências esportivas mundiais. A ideia é produzir e transferir conhecimento aos treinadores e equipes, gerando recursos humanos qualificados para desenvolver o esporte nacional.

Reunindo 11 áreas – Medicina, Fisioterapia, Psicologia, Biomecânica, Fisiologia, Bioquímica, Nutrição, Biologia Celular, Genética, Metodologia do Treinamento e Gestão do Conhecimento -, o Laboratório Olímpico terá sua estrutura central no Complexo Esportivo do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Há 1.700m² de área já construída, faltando a aquisição de cerca de 500 equipamentos. O projeto terá à sua disposição seis áreas laboratoriais, duas piscinas olímpicas, uma piscina de saltos, duas áreas para esportes de combate, um centro de treinamento de força e um auditório, além de uma pista oficial de ciclismo e uma área poliesportiva no Velódromo Municipal anexo. O Parque Aquático e o Velódromo estão cedidos pelo Município do Rio de Janeiro ao COB até 2028.

Mas o projeto não é apenas para os cariocas. A Rede Cenesp, que reúne Centros Nacionais de Excelência Esportiva, é parte do time, que conta ainda com seis universidades de quatro estados diferentes. São Paulo cede os craques Unicamp, USP e Unifesp, Minas Gerais joga com a UFMG, o Paraná entra em campo com a UFPR e, jogando em casa, veste a camisa do Rio de Janeiro a UFRJ. Reforçam a seleção  LNCC – Laboratório Nacional de Computação Científica e o INTO – Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, já que diminuir o número de atletas lesionados durante os eventos esportivos é uma das metas previstas.

O foco inicial do Laboratório Olímpico é atuar tendo em vista os dois próximos ciclos olímpicos, entre 2009 e 2016. No primeiro, que vai até 2012, está prevista a realização de programas de avaliações e treinamentos em conjunto com vinte confederações de esportes atendendo a dez modalidades olímpicas. Para o segundo, até 2016, pretende-se atingir 20 modalidades. Segundo Marcus Vinícius, o laboratório já deve estar em pleno funcionamento em 2010.

O acompanhamento do projeto será realizado pela FINEP em conjunto com a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, do Ministério do Esporte.

A FINEP já  investiu cerca de R$ 10 milhões em pesquisas da área esportiva nos últimos três anos. Leia matéria completa sobre o tema publicada na revista Inovação em Pauta.