Estudo aponta que Atlântico tem mais furacões em mil anos
Pesquisa realizada pela Universidade Penn State, nos Estados Unidos, aponta que, atualmente, os furacões no Oceano Atlântico são mais frequentes que em qualquer outro período dos últimos mil anos.
Segundo informações da BBC, no estudo, publicado na revista Nature, foram examinadas camadas de sedimentos formadas por furacões que cruzaram a costa da América do Norte e do Caribe. A pesquisa sugere ainda que a atividade dos furacões pode ter sido mais intensa há mil anos.
Para analisar as formações de furacões, os pesquisadores, liderados por Michael Mann, usaram um computador para estimar a atividade durante 1,5 mil anos. A temperatura da superfície da água na área tropical do Atlântico e o ciclo dos fenômenos El Niño/La Niña, no leste do Oceano Pacífico, são os principais fatores que influenciam a formação.
As análises mostram que os furacões são formados hoje em circunstâncias idênticas as de antigamente. Há mil anos, quando eles possivelmente começaram a ocorrer, um período de águas relativamente quentes no Atlântico contribuiu para a formação dos furacões, da mesma forma que o fenômeno La Niña altera o Pacífico.
Hoje, o número de furacões aumentou devido ao aquecimento das águas no Atlântico. De acordo com Mann, se mais furacões ocorrerem à medida em que o aquecimento na área tropical do Atlântico se altera, aumentará também os níveis de atividade de ciclone nessa área.