Estudo avalia métodos alternativos de controle de doenças em hortaliças

Estudo avalia métodos alternativos de controle de doenças em hortaliças
fevereiro 02 17:47 2015

0 mark-318225 640É cada vez maior a preocupação das pessoas com a contaminação nos alimentos, muitas vezes provocada pelo uso indiscriminado de pesticidas na agricultura, o que aumenta a busca por alternativas mais nutritivas e sem substâncias tóxicas.

Ao mesmo tempo, aumenta a procura por produtos naturais no controle de doenças de plantas. É o caso das hortaliças, que em geral estão sujeitas a várias doenças, transmitidas pelos fungos ou microrganismos presentes nas sementes.

No Maranhão, no entanto, o agricultor familiar ainda utiliza de forma inadequada grande quantidade de agrotóxicos no controle de fitopatógenos das hortaliças, o que vem causando impactos ambientais e sociais em todo o Estado.

Para tentar reverter esse quadro, a professora Antonia Alice Costa Rodrigues, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, defende o uso de alternativas viáveis e eficientes no controle de fitopatógenos, entre elas o manejo sanitário de sementes de hortaliças, a resistência genética, o tratamento com extratos vegetais, termoterapia, quimioterapia e o controle biológico.

“A utilização de diferentes alternativas de manejo ecológico pode ser importante para reduzir os impactos ambientais e sociais causados pelo atual modelo de produção agrícola baseado no uso de agroquímicos”, declarou a pesquisadora.

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Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – Fapema, a professora Antonia Alice está desenvolvendo um estudo que tem como foco principal avaliar a qualidade fitossanitária e fisiológica de sementes de pimentão, tomate, alface e quiabo.

A pesquisa pretende também avaliar métodos alternativos que promovam a redução de fitopatógenos associados a essas sementes.

“Devido à importância que tem a semente na propagação das plantas, é indispensável um controle rigoroso da qualidade das sementes comercializadas ou distribuídas, a fim de garantir a qualidade dos produtos explorados e evitar os efeitos danosos da presença de patógenos sobre a produção”, explicou a professora.

Durante a pesquisa, serão realizados testes de avaliação da qualidade sanitária e fisiológica das sementes de quiabo, tomate, alface e pimentão, obtidas no comércio e em produtores locais.

O estudo está sendo realizado nos Laboratórios de Fitopatologia e de Patologia de Sementes, pertencentes ao Núcleo de Biotecnologia Agronômica do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.

Além da professora Antônia Alice, também participam do trabalho outros pesquisadores da Uema, Uniceuma, CESI e PNPD.