Eficácia do extrato de Arrabidaea chica Verlot é estudada na busca do tratamento da dor neurológica

planta
Por Ivanildo Santos 31 de agosto de 2015

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No Brasil, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) estima que cerca de 30% dos brasileiros – ou 57 milhões de pessoas – sofram com algum tipo de dor crônica. Cerca de 30% dos pacientes atendidos em grandes clínicas de dor sofrem de dor neurológica. A patologia é uma frequente complicação de traumas acidentais e doenças que afetam o sistema nervoso central ou periférico.

Em São Luís, a professora doutora, Maria do Socorro de Sousa Cartágenes, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), coordena um grupo de pesquisa que avalia a eficácia do extrato de Arrabidaea chica Verlot, em modelo experimental de ciatalgia de ratos. O trabalho é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), por meio do edital Universal.

A Arrabidaea chica Verlot, conhecida como crajiru, fornece pigmentos vermelhos utilizados pelos índios no Brasil como corante e agente cicatrizante. Com o estudo da planta espera-se indicar o aproveitamento dos recursos naturais do Maranhão como fonte de fármacos com atividade analgésica na dor neuropática. O estudo também visa disponibilizar alternativas para tratamento de baixo custo e fácil aquisição.

“O nosso grupo de pesquisa é liderado pelo professor Dr. João Batista Garcia. Ele iniciou a equipe estudando dor no modelo de osteoartrose, depois passamos para o modelo de dor visceral e achamos importante estudar também o modelo de dor neuropática por constrição do nervo. E como a minha formação é em farmácia e já tenho experiência em trabalhar com produtos naturais, resolvemos investigar além de biossintéticos ativos, estudamos também produtos naturais buscando a atividade analgésica”, conta Socorro Cartágenes.

O trabalho do grupo tem o apoio de uma equipe composta por médicos, farmacêuticos e fisioterapeutas todos com experiência ou conhecimento em dor. No momento, segundo Socorro, ainda não se pode divulgar o estudo, por não se ter resultados preliminares mais promissores. Ao final da pesquisa espera-se validar hipóteses que têm como objetivo final auxiliar no tratamento da dor com o propósito de atingir curas.