Estudo pretende criar um modelo de privacidade para Redes Sociais Móveis

Estudo pretende criar um modelo de privacidade para Redes Sociais Móveis
março 09 13:44 2015

0Redes Sociais Moveis2O desenvolvimento e a popularização das tecnologias da informação e comunicação, em particular da Internet, tem causado um grande impacto na sociedade. Algumas das mais importantes mudanças estão relacionadas à maneira pela qual as pessoas estabelecem suas relações sociais e interagem umas com as outras.

Diferentes formas de interação estão disponíveis para indivíduos e organizações, desde tecnologias mais difundidas, como e-mail e mensagens instantâneas, até soluções mais sofisticadas como conferências online, ferramentas de trabalho colaborativo e mídias sociais.

Nos últimos anos, tem-se verificado também um rápido crescimento na área de Computação Móvel, que tem se tornado cada vez mais parte da sociedade. Dispositivos móveis fornecem alta conectividade e podem permitir acesso, processamento e compartilhamento de informação a qualquer tempo e em qualquer lugar. Eles também estão se tornando cada vez mais baratos e provendo mais recursos.

“Como consequência da popularidade de Redes Sociais e do uso cada vez mais abrangente de dispositivos móveis, surgem as Redes Sociais Móveis (RSM), uma subclasse das Redes Sociais, na qual os usuários usam dispositivos móveis com tecnologias de comunicação sem fio para acessar Redes Sociais, como o Instagram, o Twitter e o Facebook, que tem mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais”, explica Ariel Soares Teles, especialista em Redes de Computadores.

Em um cenário onde as pessoas estão com suas informações cada vez mais expostas nas Redes Sociais, políticas de privacidade gerais frequentemente aplicadas não são suficientes para RSM. Pensando nisso, Ariel Teles, do IFMA (Campus Barreirinhas), resolveu criar um modelo de segurança e privacidade das informações para aplicações sociais móveis. Para tanto, ele está coordenando a pesquisa “Um Modelo de Segurança e Privacidade para Redes Sociais Móveis”, com o apoio da FAPEMA, por meio do edital Universal.

“A segurança da informação e a privacidade do usuário são requisitos fundamentais para o desenvolvimento de aplicações sociais móveis, pois usuários desejam que suas postagens sejam vistas por um conjunto de contatos escolhidos de acordo a situação e o contexto da informação postada”, revela o pesquisador. Os resultados parciais encontrados na pesquisa mostram que os usuários têm desejos dinâmicos e contextuais em relação a sua privacidade ao utilizar redes sociais por meio de dispositivos móveis.

Segundo Teles, existem vários desafios a serem superados para se obter mecanismos de segurança e privacidade eficientes para RSM. Problemas de anonimização, spam, propagação de código malicioso, phishing, ataques de eavesdropping, spoofing, replay, account e sybil, além de vazamento de privacidade, são alguns desses desafios.

“Mecanismos e técnicas de segurança e privacidade devem ser implementados de maneira a oferecer mais uma funcionalidade ao sistema, e não como sendo um recurso que impeça a sua utilização, no caso das RSM, afetando a sociabilidade e usabilidade dos usuários. Portanto, a provisão de segurança e privacidade em ambientes de RSM é uma tarefa desafiadora”, esclarece Ariel Teles, que é mestre e doutorando em Engenharia de Eletricidade com área de concentração em Ciências da Computação.

Com o trabalho, o pesquisador pretende investigar o estado da arte da segurança e privacidade em RSM, identificar os atuais problemas de segurança e privacidade enfrentados pelas RSM a serem atacados e propor um modelo de privacidade para RSM.

“Além disso, o estudo tem como objetivo avaliar o modelo de maneira a validá-lo conforme os requisitos em uma rede social de grande popularidade, como também, resolver os problemas de privacidade mais recorrentes e/ou com maior dificuldade de resolução encontrados em RSM e disponibilizar o software para uso, juntamente com sua documentação, para a comunidade científica e demais interessados, para que ele possa ser reusado”, detalha Ariel Teles.