FAPEMA discute com o CRIA o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade do Maranhão
O desenvolvimento de um Sistema de Informação sobre a biodiversidade do Maranhão em parceria com o CRIA – Centro de Referência em Informação Ambiental – foi o assunto discutido em reunião realizada na tarde de quinta-feira (3), na Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). A reunião, que contou com a participação da diretora do CRIA, Dora Canhos, da doutora em política científica tecnológica de Brasília, Ana Lúcia Assad, e de pesquisadores da UFMA e UEMA, foi coordenada pela diretora presidente da Fundação, Rosane Nassar Meireles Guerra.
O CRIA tem como meta e estratégia a disseminação de informação eletrônica, como ferramenta na organização da comunidade científica e tecnológica do país. Atua especificamente na área de informação biológica, de interesse industrial e ambiental, e pretende, através de sua atuação, contribuir diretamente para a conservação e utilização racional da biodiversidade no Brasil. O Centro possui mais de 10 anos de experiência na integração de dados sobre a biodiversidade na internet, garantindo acesso público, livre e online para qualquer pessoa interessada na informação sobre as mais variadas coleções biológicas do país.
Durante a reunião, Dora Canhos, que veio ao Maranhão a convite da FAPEMA para dar uma assessoria sobre o assunto, disse que a disponibilização das coleções na internet contribui diretamente para conservação e utilização racional da biodiversidade brasileira. Ela elogiou a iniciativa do Maranhão em se preocupar em preservar suas coleções. Lembrou ainda, que no passado havia uma relutância em se colocar informação disponível, e que a reunião com os pesquisadores maranhenses demonstrou o contrário do pensamento antigo e a mudança nesse novo momento. “O Maranhão dá um passo importante porque começa a estruturar suas informações em rede e todos esses pesquisadores querem disponibilizar suas pesquisas, projetos e informações a serviço do meio ambiente. Isso é muito bonito”, declarou.
O CRIA trabalha o elo dentro da área da informática, onde todas as coleções biológicas ficam viáveis às pesquisas e a troca de informações para o usuário. A presidente da FAPEMA, Rosane Guerra, destacou a importância para o Maranhão em ter organizado em um único espaço, um museu virtual, todas suas Coleções. “É de grande valor para todos um espaço virtual, onde se possa acessar informações de todo o Estado e ainda possibilitar um crescimento sustentável”, afirmou. Segundo Rosane Guerra, a ferramenta tem muitas vantagens como facilidade do acesso que garante ganho no tempo para comunidade científica. “Todo acesso permite a velocidade na informação, o fim de dúvidas com outros pesquisadores nesse banco que reúne muitos consultores”, completou.
A doutora em política científica e tecnológica de Brasília, Ana Lúcia Assad, considera um grande avanço para a experiência no Brasil a criação do CRIA, porque garante ao país não ter quer recomeçar do zero. “É importante que se saiba que o trabalho não é individual e sim em conjunto”, explicou. Para ela, o CRIA é construção conjunta de informações e, no caso do Maranhão, mostrar o que tem em termos de coleção biológica é valioso.
“O Maranhão está no início da Amazônia e no final do semi-árido do Nordeste e isso já mostra os vários biomas que possui. Uma riqueza de biodiversidade que precisa ser conhecida para depois ser trabalhada para uso sustentável, de conservação e recuperação de toda essa biodiversidade”, observou.
Participaram ainda da reunião os pesquisadores Francisco Limeira de Oliveira, Raimunda Lemos e Francisca Helena Muniz, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Raimundo Inácio Araújo, Sérgio Ferreti, Manoel Alfredo Medeiros, Nivaldo Figueiredo, Gilda Andrade, Luiz Weber, Patrícia Albuquerque e Eduardo Almeida Júnior; da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Claudete Brandão e Lucina Verde da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECTEC), Naiara Rabêlo Valle, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e a diretora Científica da FAPEMA, Rita Seabra.