Governo apresenta Plano de Trabalho 2017 da Fapema para o desenvolvimento científico no Maranhão
O Governo do Estado lança nesta terça-feira (11) o plano de trabalho da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) para o ano de 2017. O plano se estrutura em torno de quatro linhas de ação – ‘Mais Ciência’, ‘Mais Inovação’, ‘Mais Qualificação’ e ‘Popularização da Ciência’ – e de programas que foram reorganizados com o propósito de colocar a produção científica a serviço da transformação social e da inclusão produtiva inovadora e criativa.
O diretor-presidente da Fapema, Alex Oliveira, explicou que o propósito do lema do plano de trabalho deste ano – “Energia, Vida & Criatividade – novos olhares para a ciência no Maranhão” – é discutir três grandes novos investimentos do Maranhão para focalizar a pesquisa rumo à inovação tecnológica e ao desenvolvimento socioeconômico do Estado.
A cerimônia de lançamento acontece às 16h no auditório do Palácio Henrique de La Rocque – Avenida Jerônimo de Albuquerque, Calhau, e será presidida por Alex Oliveira, que estará acompanhado do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada. Estão convidados a participar do evento reitores, pró-reitores, professores, pesquisadores, diretores de escolas do ensino fundamental e médio, estudantes, acadêmicos e toda comunidade interessada no tema ciência e tecnologia.
Com a reorganização da política de fomento à ciência, tecnologia e inovação em 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino, a Fundação tem se destacado, sobretudo, no aumento continuado do investimento das bolsas de mestrado e doutorado e pós-doutorado e na modalidade de iniciação científica, na interiorização e internacionalização de suas ações. O secretário Jhonatan Almada disse que o plano de trabalho é uma conquista da comunidade e que ele garante a estabilidade e organização do fomento à pesquisa no Maranhão.
“A Fapema tem apresentado uma atuação focada nas demandas e interesses estratégicos do Estado por intermédio do seu plano de trabalho. Ganha a sociedade, que percebe os resultados do investimento e ganha o governo que alcança seus objetivos sociais mais relevantes”, pontuou Jhonatan Almada.
Novas Estratégias
Neste ano, a Fapema criou novas estratégias que tornam a articulação com as diversas áreas de atuação do governo ainda mais forte. O diretor da fundação explicou que hoje a fundação atua conjuntamente com diversas secretarias, sempre como ferramenta indispensável de fomento das ações nesta área. “Fazem parte direta destas iniciativas a Secti, Seduc, Sectur, Segov, Seejuv, Setres e Seinc”, disse Alex Oliveira.
Entre os investimentos previstos para este ano destaque para os que serão empregados nos Institutos de Ciência e Tecnologia. “Nós vamos investir R$ 7 milhões juntamente com a Capes e CNPq no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, dedicado a energias oceânicas e fluviais para que a gente possa explorar mais a nossa variação de maré. Vamos dedicar também R$ 1 milhão aos Institutos Estaduais de Ciência e Tecnologia, destinados a biotecnologia para que possamos explorar mais os nossos recursos naturais e transformar em produtos, e R$ 1 milhão para o Instituto Estadual de Ciência e Tecnologia, sobre a questão da propriedade material e imaterial transformando isso em economia criativa”, contou o diretor-presidente da fundação, destacando que essas são os três grandes investimentos que balizam o trabalho da Fapema deste ano.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) a que o diretor-presidente se refere está sediado na Universidade Federal do Maranhão e é um dos grandes feitos dos pesquisadores maranhense. Os institutos estaduais que receberão investimento de R$ 1 milhão são os três já credenciados pela Rede de Institutos Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação – RedeIECT, que é coordenada pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia. O objetivo da rede é focalizar o investimento em pesquisas, priorizando áreas de interesses estratégicos para o Maranhão, bem como estimular a parceria entre empresas e instituições de pesquisas científicas e tecnológicas.
O plano de trabalho também prevê grandes investimentos, segundo adiantou Alex Oliveira, em editais já conhecidos da Fapema como o incremento na pós-graduação. “Nesses dois anos de governo nós estamos ampliando de maneira ordenada o número de bolsas na pós-graduação. Temos de volta os editais de bolsa de mestrado no país, a volta de programas de bolsas de pós-graduação que também é uma demanda da comunidade acadêmica”, observou Alex Oliveira.
Na área das cadeias produtivas, duas novas serão apoiadas este ano: a do mel e a da mandioca. O foco do investimento é a inovação para que esses recursos da agricultura familiar possam dar um salto de inovação se transformando em produtos que possam ter um valor comercial maior. “São produtos que têm grande consumo no Maranhão, mas que precisam ter valores agregados para que possa contribuir de maneira mais decisiva no desenvolvimento econômico do nosso Estado”, observou o presidente da Fundação.
O momento da Fapema hoje, segundo Alex Oliveira, abre portas do Maranhão para o mundo. “Iremos ter mais três editais vinculados ao programa Cidadão do Mundo, que são os já conhecidos Cidadão do Mundo de intercâmbio linguístico, que a Fapema apoia por meio de bolsas; teremos este ano um novo edital de Estágio Internacional e da Cooperação Internacional. Além desses temos a parceria com o Fundo Newton e com o governo Francês. Um dedicado ao Gui Amazon, que são pesquisas sobre a Amazônia e Guiana Francesa, e também um novo edital com a França totalmente dedicado às questões ligada ao Nordeste, como gerenciar melhor nossos recursos hídricos e como tratar melhor as nossas cidades rumo ao desenvolvimento sustentável”, finalizou Alex Oliveira.