Inpe calcula emissões de CO²2 por desmatamento na Amazônia
O desmatamento contribuiu consideravelmente para as emissões globais de dióxido de carbono (CO2), um dos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global. Ter medidas confiáveis sobre a quantidade CO2 lançado à atmosfera pela retirada das florestas tropicais é um dos atuais desafios dos especialistas em mudanças climáticas no mundo todo.
Estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) pode responder qual a contribuição do desmatamento na Amazônia Legal Brasileira para as emissões globais de CO2.
Os resultados do estudo “Estimativa das Emissões de CO2 por Desmatamento na Amazônia Brasileira” serão apresentados amanhã (24), em Brasília, durante o lançamento do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, ocasião em que estarão presentes os ministros da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Meio Ambiente (MMA), respectivamente, Sérgio Rezende e Carlos Minc.
Para o cálculo das emissões de CO2, o Inpe considerou os dados do seu sistema Prodes, que monitora por satélite e quantifica as áreas desmatadas na Amazônia. O estudo apresenta resultados até 2008 e projeções até 2020, sendo que um dos cenários considera a redução de 80% do desmatamento em relação aos níveis atuais, meta proposta pelo governo federal.
Para subsidiar políticas de redução de desmatamento e emissões, os pesquisadores analisaram vários parâmetros de remoção florestal, como corte, queima, exploração seletiva de madeira, decomposição dos restos, regeneração, entre outros.