Irlanda tem duas espécies de caramujos extintas

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Por Ivanildo Santos 4 de março de 2010

De acordo com nova pesquisa do Centro de Dados de Biodiversidade Nacional (NBDC, na sigla em inglês), organização fundada há três anos para estudar a biodiversidade da Irlanda, a má qualidade da água e a perda de hábitat estão levando à extinção os caramujos terrestres e de água doce do país, bem como espécies relacionadas.

O estudo de moluscos não-marinhos irlandeses descobriu que, de 150 espécies, um terço está ameaçado de extinção. Duas já estão regionalmente extintas, 5 em perigo crítico, 14 em perigo, 26 vulneráveis e 6 quase ameaçadas. (Essas classificações são da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, à qual contribuíram os dados deste relatório.)caramujomat

Das 150 espécies na Irlanda, 15 são invasivas, incluindo o mexilhão-zebra (Dreissena polymorpha), que está se sobrepondo aos nativos mexilhão-cisne e mexilhão-pato (Anodonta cygnea e A. anatina).

As espécies extintas incluem o caramujo lapidar (Helicigona lapicida), observado pela última vez na Irlanda em 1968, e o caramujo de lama de lagoa (Omphiscola glabra), que a NBDC diz terem sido “perdidos pela destruição do hábitat” em 1979.

Os moluscos da Irlanda são de “importância internacional”, de acordo com a NBDC, ao ressaltar que várias espécies existem em porcentagens maiores no país do que em qualquer outro lugar do mundo. Por exemplo: pelo menos um quinto das populações globais, tanto do Ashfordia granulata quanto do Leiotyla anglica vive na Irlanda.

As ameaças aos caramujos e outros moluscos incluem poluição, drenagem agrícola de pantanais, outras perdas de hábitat, mudança climática e espécies invasivas.

Apesar de o relatório não examinar o impacto que a diminuição das populações de molusco possa ter na ecologia da Irlanda, caramujos e outras espécies desempenham papéis importantes no meio ambiente: Eles são a fonte de alimento primária de muitos animais e peixes, e ajudam a filtrar a água para manter rios e lagos limpos. Apesar de sua importância, os moluscos são raramente estudados e representam a taxonomia de “mais afetados pela extinção”, de acordo com um artigo publicado no ano passado na Conservation Biology.