LNCC sedia encontro internacional de ciência

neurocientista
Por Ivanildo Santos 21 de setembro de 2009

No período em que os países se movimentam para ampliar os laços cooperativos, Brasil e China mostram a capacidade de intensificar parcerias na área da ciência. O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT), em Petrópolis-RJ, sedia de hoje (21) a sexta-feira (25), a 1ª Conferência Brasil-China de Computação Científica (First Brazil-China Conference On Scientific Computing).

Os esforços parneurocientistaa a concretização do evento têm como alvo o desenvolvimento das pesquisas nos mais diversos setores sociais, assumindo a modelagem como base (na linguagem técnica, modelagem seria a representação matemática de fenômenos físicos, incluindo o processo de visualização).

Segundo Jiang Zhu, pesquisador de origem chinesa do LNCC, a interferência do computador na busca por soluções para a vida humana tem sido fundamental para o avanço da ciência. “Um neurocientista, por exemplo, encontra a possibilidade de simular uma cirurgia antes de efetivamente realizar a operação. Esse cenário que nos apresenta é bem mais seguro e também pode reduzir custos”, comenta Zhu, no Laboratório desde 2000.

No encontro, 33 palestrantes (16 do Brasil e 17 da China) discorrem a respeito de diversos segmentos, entre eles: Biotecnologia, Ciência Espacial, Dinâmicas Moleculares, Meteorologia, Nanotecnologia, etc.

Para estruturar a conferência, sete acadêmicos compõem o comitê de organização. Entre os cinco brasileiros, três são do LNCC: Jiang Zhu, Abimael Fernando Dourado Loula e Pedro Leite da Silva Dias, diretor do Laboratório.

“Estamos num momento particularmente auspicioso para estreitar as relações com instituições chinesas. As conversas mantidas pelos presidentes Lula e Hu Jintao, por ocasião dos 35 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, levaram ao aprofundamento de uma agenda das relações bilaterais, trocaram impressões sobre as questões regionais e internacionais de interesse mútuo e chegaram a importantes consensos. Consideraram muito positivamente os resultados alcançados com a visita, cujo sucesso contribuirá para dar maior impulso ao desenvolvimento da Parceria Estratégica sino-brasileira na área de Ciência e Tecnologia”, comenta.

A iniciativa revela a intenção de trocas de conhecimento saudáveis e produtivas entre as duas nações, que têm apresentado consideráveis desenvolvimentos socioeconômicos e científicos nos últimos anos.

Desde de 15 de agosto de 1974, quando retomaram relações diplomáticas, Brasil e China estreitam os laços de amizade. Dando sequência à perspectiva, já foi confirmada a realização da segunda conferência Brasil-China de Computação Científica, sediada em Pequim, capital do país asiático.

As instituições envolvidas são, além do LNCC, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Institute of Applied Physics and Computational Mathematic (China) e Academy of Mathematics and Systems Science (China).