Máquina para fabricação de chocolate é destaque em premiação nacional
Um equipamento automatizado para a fabricação de produtos à base de chocolates utilizando energia renovável (solar), criado pela empresa maranhense “Paladino Chocolates”, com o financiamento da FAPEMA, é um dos concorrentes do Prêmio Nacional de Inovação. Com o equipamento espera-se reduzir o consumo de energia elétrica da empresa em até 16 vezes, o que representa inúmeras vantagens ambientais e econômicas.
A premiação, uma iniciativa da Mobilização Empresarial da Inovação (MEI) realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), tem o objetivo de reconhecer as empresas brasileiras que contribuíram para o aumento da competitividade do país por meio da utilização de sistemas e técnicas voltados para o aprimoramento da gestão da inovação, bem como por meio da implementação de projetos inovadores.
A máquina, fabricada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), por meio do Edital PAPPE nº 003/2011, que apoia ideias inovadoras nas empresas, já passou na primeira etapa de classificação do Prêmio, onde participaram mais de 2 mil empresas de todo o Brasil. Na segunda etapa concorrem pouco mais de 360 empresas. A coordenadora do projeto, Conceição de Maria Alencar Pinheiro, disse que é uma grande vitória ter passado para a segunda etapa do prêmio, tendo concorrido com empresas de todo o país.
A premiação também tem o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Automatização
Conceição Pinheiro conta que a ideia de fabricar a máquina surgiu da necessidade de automatizar o processo de fabricação, outrora 80% artesanal. “Através de pesquisas sobre os equipamentos para a fabricação de chocolates existentes no mercado, que contemplasse as etapas de derretimento, temperagem, dosagem e resfriamento, capazes de suprir as necessidades de empresas de micro e pequeno porte, foi percebido que os mesmos eram oferecidos para trabalhar de forma isolada, cada um cumprindo com seu propósito de funcionamento”, conta a empresária.
O aprofundamento da pesquisa, segundo ela, levou ao entendimento do funcionamento e mecanismo de cada equipamento. “Dessa forma, constatamos que o consumo da energia elétrica é consideravelmente alto, tendo em vista que todos os equipamentos utilizam resistências elétricas para efetuar o processo de aquecimento da água”, destaca a coordenadora.
“Diante desse fato, pensamos na substituição da energia elétrica por uma energia renovável que viesse lograr êxito no desempenho do equipamento através de baixo custo de energia. Então optamos pela energia solar, a qual nos é oferecida abundantemente pela nossa região que estamos localizados”, acrescentou Conceição Pinheiro.
A previsão é que a máquina já esteja finalizada em Abril deste ano. Além da redução no consumo de energia elétrica, haverá também redução dos custos de produção, maior competitividade da empresa, melhoria da qualidade dos produtos e geração de empregos, com o aumento da produção da fábrica. Com a adoção de nova matriz energética não poluente e renovável, os impactos causados pelo processo produtivo da empresa também devem ser atenuados.