Material inovador pode dar maior durabilidade nas restaurações odontológicas

biovirdo
Por Ivanildo Santos 11 de junho de 2014

biovirdoA restauração dentária, popularmente conhecida como obturação, é um procedimento odontológico que consiste em remover a parte deteriorada do dente, que foi afetada pela cárie, e preencher a cavidade, que foi limpa, com um material de restauração.

No entanto, os materiais usados apresentam uma vida útil muito limitada, dependo bastante dos hábitos de cada pessoa.

Mas um projeto pretende aplicar o biovidro, material inovador para que as restaurações tenham maior durabilidade possível.

Esse projeto venceu o Prêmio FAPEMA 2013, na categoria jovem cientista, modalidade ciências da saúde, e foi desenvolvido por José Roberto Bauer e seu orientando Edilausson Moreno de Carvalho.

Dentre os materiais mais utilizados para restauração estão os resinosos, aqueles da cor do dente.

E embora, eles cumpram seu papel quanto a estética ou aparência mais natural do dente, além de sua função, a resistência desse material ainda é limitada.

Em média, a resina dura de 5 a 10 anos, dependendo das condições bucais e de higiene do paciente.

E para melhorar o desempenho adesivo e promover a longevidade nas restaurações dos dentes, uma pesquisa utiliza o biovidro, material capaz de interagir melhor com os tecidos do corpo humano.

A pesquisa utiliza o biovidro na forma de pó. Esse material é aplicado na superfície do dente, que é preparado para receber o cimento odontológico e a restauração que vai ser fixada no dente. O cimento é a camada de união entre o dente e a restauração.biovidro1

“A restauração é feita normalmente. Fazemos esse trabalho em laboratório com dentes humanos, cortamos os dentes e através de uma máquina de ensaio e uma máquina de testes, vamos quantificar a força dessa união, entre o cimento, a restauração e o dente. Depois, comparamos isso com outras técnicas, por exemplo, quando você utiliza ou não esse material e aí vamos verificar se a presença desse pó atrapalha ou melhora a união desses elementos”, explica Edilausson Carvalho.

Os primeiros resultados do trabalho foram animadores. Segundo Edilausson Carvalho, o uso desse método não altera a resistência da restauração dentária.

“Vamos fazer avaliações do uso dessa técnica que nós testamos, só que não imediatamente, deixaremos passar um tempo, algo em torno de três, seis meses e um ano. Depois, faremos esse processo de corte de quantificação para verificar se realmente o material se mostra capaz de manter essa união por mais tempo”, afirma Carvalho.

As próximas pesquisas devem observar se o biovidro pode realmente fazer com que essas restaurações durem por um período muito maior em comparação aos outros procedimentos de restauração.

Este trabalho pode ser conferido também no mais recente Rádio Inovação, já disponível no portal fapema.br.