Ministro recomenda criação de grupo de cientistas para combate à pobreza

Ministro recomenda criação de grupo de cientistas para combate à pobreza
fevereiro 27 19:45 2013

 

rauppO ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, sugeriu que seja levada à Organização das Nações Unidas (ONU) uma proposta de criação da Comissão Mundial de Cientistas para o Combate à Pobreza. A recomendação foi feita durante a abertura da 7ª Conferência da Rede Global de Academias de Ciências (IAP, sigla em inglês).

De acordo com Raupp, a criação do grupo serviria para estimular e coordenar a elaboração de projetos, globais ou regionais, de erradicação da pobreza; difundir o conhecimento científico; e organizar uma rede mundial de instituições científicas e cientistas para atuação no tema.

O titular do MCTI acredita que, por várias razões, infelizmente o Brasil ainda tem uma parcela significativa da população em condições econômicas e sociais desfavoráveis. Mas observou que há uma mudança em curso no país com as políticas públicas do governo federal. “Para se ter uma dimensão das mudanças que vêm ocorrendo no Brasil, nos últimos dez anos, 40 milhões de pessoas, cerca de 20% da população, cruzaram a linha da pobreza e se tornaram classe média”, destacou.

Ele ressaltou que a ciência tem papel fundamental no combate à pobreza. “Se o conhecimento científico se tornou um recurso imprescindível para a geração de riqueza, e se a ciência amplia suas competências cada vez mais rapidamente, então podemos concluir que poderemos, sim, erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável com o uso da ciência”, afirmou.

O Brasil tem cerca de 270 mil pesquisadores de acordo com o MCTI. Dados da Thomson/ISI, em 2009, mostram que a comunidade cientifica brasileira publicou mais de 32 mil trabalhos em periódicos internacionais.

O encontro segue até terça-feira (26), com organização da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Com o tema “Ciência para erradicação da pobreza e desenvolvimento sustentável”, reunirá líderes da comunidade científica nacional e internacional. Os participantes discutirão mudanças climáticas, energia sustentável, acesso à água limpa, entre outros temas.