Navios de nuvens contra o efeito estufa
Navios monitorados por satélite e equipados com chaminés gigantes capazes de borrifar a água dos oceanos no ceú podem ser a maneira mais barata de combater o aquecimento global. A conclusão é do Centro de Consenso de Copenhague, que analisou diferentes propostas contra as mudanças climáticas e viu que a criação de nuvens artificiais, ao desviar os raios solares da Terra, é a mais viável.
Segundo reportagem do jornal Times, equipes americanas e britânicas estão buscando patrocínio para lançar ao mar os primeiros testes com “navios de nuvens”. A ideia é colocar uma frota de 1.900 navios não-tripulados em operação, que deverão sugar a água dos oceanos e mandá-la para o céu na forma de vapor. Estima-se que as nuvens artificiais desviem de 1% a 2% dos raios solares, amenizando o efeito estufa.
A escolha dos roteiros levará em conta as áreas com as melhores condições para o aumento da cobertura de nuvens. Para não interferir nos índices pluviométricos da região, locais como o Oceano Pacífico, sobretudo partes afastadas da terra, são fortes candidatos a receber os navios de nuvens.
O projeto deverá custar 9 bilhões de dólares (16,5 bilhões de reais) para ser testado e lançado dentro de 25 anos. Pode parecer muito, mas se torna uma quantia irrisória quando comparada aos 395 trilhões de dólares (794 trilhões de reais) que custaria lançar espelhos no espaço para combater o aquecimento global, uma ideais em pauta. A proposta, obviamente, foi considerada inviável.