Oficinas e atividades de pôsteres sensibilizam participantes da SNCT

bolsa
Por Ivanildo Santos 18 de outubro de 2012

 

bolsaDiana Muniz traz nas costas o peso dos estudos. Dentro da bolsa, cadernos, livros e tudo mais que uma adolescente de 14 anos precisa, para realizar as atividades escolares. O peso da bolsa, ela argumenta, é excessivo muitas vezes, mas ela diz que não tem como fugir disso. “Todos os livros que estão aqui eu preciso para ter as aulas normais. Não me incomoda, não dói, então eu levo”. O que a estudante não sabe é que se a curto prazo o excesso de peso na mochila carregado apenas de um lado do ombro não traz prejuízos, a médio e longo prazo pode gerar ou potencializar problemas na coluna.

Essa missão de esclarecer os malefícios do uso incorreto de mochilas na costa, coube a fisioterapeutas que estiveram ministrando palestras de orientação dentro do espaço da ciência na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento coordenado no Maranhão pelo governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão. Elas explicaram que a má postura diária pode ser a responsável por uma série de lesões na coluna.

A postura incorreta é adotada em atividades do dia a dia na escola, no trabalho e até dentro de casa. “O que vemos muito hoje é a cultura do pouco esforço. Não levantamos do sofá para mudar o controle da TV, não fazemos esforço ao dirigir ou mesmo para subir o vidro do carro. Tudo isso demonstra o quando estamos adotando um estilo de vida sedentário que pode ser prejudicial”, explica a fisioterapeuta Caroline Costa.

As especialistas presentes no stand, esclareceram que para ter uma postura correta é necessário praticar atividades físicas regularmente e corrigir a própria postura nas atividades do dia-a-dia. “Mas o que é preciso dizer é que nem toda atividade é boa para todos se para alguns andar ou correr é bom, para outros nem tanto. Ter o acompanhamento de um profissional é sempre o mais recomendável”, orienta a fisioterapeuta Bianca Lima.

Para quem está em idade escolar, como a maioria dos jovens visitantes no stand da SNCT, a dica é mudar de hábitos o quanto antes, já que por estar ainda em formação, uma deformidade óssea encontrada ainda pode ser corrigida.

PRÁTICAS PEDAGÓCICAS – Enquanto o trabalho de orientação era realizado nos espaços da ciência, no setor de pôsteres, universitários trabalhavam em outra frente. Eles apresentavam os primeiros resultados de suas pesquisas científicas nas mais diversas áreas de conhecimento.

Além de serem avaliados por professores, as pesquisas também chamavam a atenção de quem queria se informar sobre a iniciativa. Layara Castro e um grupo de outros três estudantes de enfermagem do Uniceuma, fizeram o levantamento da prática pedagógica dos professores nessa área. Conseguiram constatar na pesquisa que houve um aumento na pesquisa científica para levar para dentro de sala de aula um conhecimento especializado. Elas ficaram satisfeitas com o resultado da coleta. “Levando em conta as próprias dificuldades dos professores, conseguimos observar que essa jornada dupla de trabalho na enfermaria e em sala de aula não atrapalha no desenvolvimento da atividade deles”, sentencia.

Já o universitário José Yagoh, do curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão, apresentou os primeiros resultados de sua pesquisa que deve ser encerrada apenas no ano que vem. Ele pesquisou a “Associação da Anemia Falciforme e a Severidade da doença Periodental”, ou seja, as relações entre anemia e a saúde bucal dos pacientes. Entre outras constatações, observou que em média as pessoas que tem a doença apresentam uma sobrevida de até 50 anos, mas que pouca gente faz a relação do problema com a saúde da boca.

“Por isso considero importante levar esse tipo de informação parta o público, não só por observar a surpresa que o assunto provoca nas pessoas, mas principalmente porque pela diversidade do público que passa por aqui, sempre vamos encontrar alguém que vai disseminar essa informação. Ele vai ser um multiplicador daquilo que passamos aqui”, avalia.

Até sábado (20), quando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia será encerrada, outros espaços para a divulgação de artigos científicos estarão abertos. Na sexta-feira (19) serão apresentados “Os Indicadores Epidemiológicos da Atenção Básica em São Luís”, pela palestrante Alice Santa Lima. No setor de fisioterapia, a pesquisadora Anny Caroline Estrela, vai apresentar a oficina “Fisioterapia de crianças com síndrome de Guilla”.  Ainda na sexta-feira, a partir das 13h, haverá uma exposição do protótipo no setor de inovação sobre Brinquedos Construídos com materiais recicláveis.