Operação FogTrein 1 lança o segundo foguete amanhã (13)

Por Ivanildo Santos 12 de agosto de 2009

Está programado para amanhã (13), às 10h45, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, o segundo lançamento do Foguete de Treinamento Básico (FTB), dentro da operação denominada de FogTrein 1.

O primeiro lançamento ocorreu na tarde de segunda-feira (10). De acordo com o diretor do CLA, Coronel Aviador Nilo Andrade, o foguete alcançou a sua altura máxima de 31.800 metros, atingindo velocidade de 4.100 km/h em quatro segundos. Fabricado pela empresa brasileira Avibras com quase 100% de tecnologia nacional, o FTB caiu em alto-mar a 16 quilômetros da costa.

O objetivo da operação Fogtrein 1 é lançar e rastrear dois foguetes FTB, além de treinar os recursos humanos, operacionais e equipamentos do CLA e do Centro de LançameCLAnto da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Natal (RN).

O lançamento desta quinta-feira (13) tem a participação de engenheiros da Avibras, da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT), do CLBI e do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI).

Programa Espacial

O investimento em atividades espaciais no Brasil trouxe benefícios dos mais diversos: pesquisas de novos medicamentos, materiais e equipamentos eletrônicos, cartografia com a utilização de satélite, imagens em tempo real da localização de queimadas e desmatamento, e informações meteorológicas.

Os foguetes são um pilar do programa espacial brasileiro, desde sua criação em 1961. O primeiro deles, um Nike-Apache, foi lançado em 1965, do Rio Grande do Norte. De lá para cá, centenas de foguetes foram lançados, tanto do CLBI quanto do CLA.

O CLA foi construído na década de 80. Sua instalação deu ao Brasil a possibilidade de lançar, a partir do próprio território, foguetes de sondagem e veículos lançadores de satélites.

A partir da criação da AEB, em 1994, a comunidade científica foi estimulada a participar no desenvolvimento de pesquisas. Neste sentido, a Agência criou os programas Microgravidade e Uniespaço, destinados a fomentar projetos de pesquisas de interesse, tanto de universidades, como do setor espacial.

Em todo o mundo, menos de uma dezena de países lançam foguetes, e pouco mais de 20 nações desenvolvem satélites. O que elas têm de vantagem, e o Brasil se inclui nesta lista, é poder usar essa tecnologia para atender de maneira autônoma as suas prioridades nacionais.