Pesquisa busca resgatar a importância da arquitetura de São Luís do século XX

GRETE SOARES PFLUEGER - foto 1
Por Ivanildo Santos 8 de maio de 2014

GRETE SOARES PFLUEGER - foto 1Estudo realizado pela doutora em Urbanismo, Grete Soares Pflueger, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), busca resgatar a importância da arquitetura de São Luís do século XX. Com a pesquisa, espera-se compreender as diferentes temporalidades da cidade sobre o olhar das tendências dos estilos arquitetônicos, ecléticos e modernos provenientes da Europa e dos Estados Unidos. Além de demonstrar a importância dos edifícios como símbolos da modernidade na cidade de São Luís e ressaltar as descaracterizações do processo de reabilitação e requalificação urbana.

O estudo é desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa é fruto de vários editais da FAPEMA, entre eles bolsas de extensão e iniciação científica.

Para Grete Pflueger, pesquisar é uma atividade dinâmica que sempre suscita outras pesquisas e que nunca esgota. “Além disso, é um instrumento para o planejamento urbano da cidade, pois há vários prédios abandonados que poderiam ter outra utilização, por exemplo, habitação popular ou servir de sede para instituições acadêmicas”, observou a pesquisadora.

“São Luís passou por muitas mudanças na forma de pensar e viver a cidade, e, no final do século XIX e início do século XX, aconteceram as renovações urbanas que tinham como finalidade transformar o aspecto colonial da cidade em uma cidade moderna. Com isso, os planos urbanísticos deram origem a edifícios e avenidas que melhoraram as condições higiênicas, a ventilação e a iluminação de alguns locais. Surgiram, ainda, os imóveis nos estilos Moderno, Art Déco e Eclético na malha urbana de São Luís”, completou Grete.

Segundo a pesquisadora, o acervo vem sendo descaracterizado porque não há uma proteção específica, tão rigorosa quanto à do conjunto histórico. “Os órgãos e entidades competentes estão trabalhando nisso, mas essa noção da importância da arquitetura do século XX é nova, mesmo para os órgãos de preservação, pois só se preserva aquilo que já tem um tempo consolidado. Então, estamos no século XXI e o nosso olhar para o século XX está sendo agora”, destacou Pflueger.