Pesquisa caracteriza violência cometida contra gestantes em São Luís

Por Ivanildo Santos 24 de abril de 2017

gravidez-violenciaO número de mulheres que sofrem violência física ou psicológica durante a gravidez é grande, segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão, Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP.

Entrevistas feitas com 1446 gestantes, de gravidez única em idade gestacional de 22 a 25 semanas, atendidas em unidades de saúde e serviços de ultrassonografia da rede pública e privada mostraram que a violência esteve presente durante a gestação de 49,65% mulheres, sendo a violência psicológica a mais frequente.

Já os casos de violência sexual corresponderam a 11,29% das gestantes em estudo. O atual marido/companheiro/namorado foi apontado como autor da agressão na maioria das ocorrências.

O estudo “Violência na gravidez: caracterização de casos em São Luís (MA) no ano de 2010”, realizado pelos pesquisadores Lia Cardoso de Aguiar, Luciana Albuquerque de Oliveira, Marco Antonio Barbieri e Rosangela Batista Lucena Fernandes, teve como objetivo caracterizar a violência cometida contra gestantes, na cidade de São Luís, Maranhão.

Além de identificar os tipos de violência sofrida pelas gestantes, o estudo ainda atestou o despreparo dos profissionais em identificar estes casos, o que torna o problema ainda mais grave.

De acordo com os pesquisadores, há uma necessidade de sensibilização e capacitação profissional para identificar e agir diante dos pequenos sinais implícitos nas palavras das mulheres violentadas.

A violência contra mulher é um problema de saúde pública e apesar dos direitos garantidos e suporte jurídico representado principalmente pela Lei Maria da Penha, o número de mulheres vítimas de violência ainda é significativo, incluindo neste quantitativo, mulheres grávidas.