Estudo investiga o uso de fisioterapia no tratamento do zumbido auditivo
O zumbido, considerado o terceiro pior sintoma para o ser humano, superado apenas pelas dores e tonturas intensas, tem sido objeto de vários estudos. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que o problema acometa mais de 28 milhões de indivíduos no Brasil, chegando a ser considerado um problema de saúde pública. A doença se caracteriza pela presença de um ou mais sons nas orelhas ou na cabeça em ausência de estímulo sonoro externo correspondente. É também denominado acúfeno ou tinnitus, podendo ser definido como uma sensação sonora endógena, não relacionada a nenhuma fonte externa de estimulação.
Um projeto de pesquisa de autoria da professora doutora Ivone Lima Santana, do departamento de Odontologia I, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, busca avaliar o efeito da placa miorrelaxante no tratamento de pacientes portadores de zumbido. Segundo Ivone, que desenvolve a pesquisa com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, apesar de constatada a melhora do zumbido através do tratamento com placas miorrelaxantes e fisioterapia por alguns autores, essa questão ainda não é resolvida.
“Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da placa miorrelaxante e da terapia fisioterápica no tratamento de pacientes portadores de zumbido e estimar o efeito dessas terapias na qualidade de vida desses indivíduos” conta a pesquisadora. A amostra da pesquisa é composta por 60 indivíduos, adolescentes e adultos, de ambos os sexos, portadores de zumbido no ouvido, diagnosticado por um otorrinolaringologista. São excluídos pacientes com problemas otológicos. Os participantes foram selecionados pelo método de amostragem não-probabilística, de conveniência.
No momento, segundo a pesquisadora, está sendo desenvolvida a pesquisa em três grupos, sendo que cada grupo está em etapas distintas. “Já é possível apresentar algum resultado. Temos dados, que estão sendo tabulados, para um teste piloto”, conta Ivone Santana, que só divulgará resultados da pesquisa após concluir a tabulação.
A professora explica que como a Disfunção Têmporo-Mandibular (DTM), trata-se de uma patologia com grande incidência é de extrema importância a condução da pesquisa para contribuir de forma mais esclarecedora no tratamento da mesma, principalmente quando frente a um dos sintomas que é o zumbido.
A pesquisa conta com a contribuição de profissionais da área da odontologia e da fisioterapia: Cláudia Maria Coelho Alves, doutora em Odontologia; Luciana Freitas Gomes e Silva, Odontologia e mestre em Ciências da Saúde; Alana Vasques Nava, graduanda do 5º período do curso de fisioterapia do UNICEUMA e Soraya Kerlly da Silva Paiva, graduanda do 10º período do curso de odontologia da Universidade Federal do Maranhão.