Pesquisadora busca otimizar tratamentos ortodônticos em pacientes com dentes clareados

LEILY MACEDO FIROOZMAND
Por Ivanildo Santos 30 de abril de 2014

LEILY MACEDO FIROOZMANDFeito, muitas vezes, indiscriminadamente, o tratamento clareador nos dentes pode não atingir o resultado desejado e o procedimento pode trazer algumas complicações.

Entre essas complicações estão a hipersensibilidade dental e inflamação na gengiva, principalmente quando o tratamento não é acompanhado por um especialista.

“Com a popularização destes tratamentos, pacientes têm fácil acesso a produtos clareadores em supermercados e, até, em sites de compras coletivas, sem acompanhamento profissional”, afirma a dentista Leily Macedo Firoozmand, professora do Departamento de Odontologia da Universidade Ceuma.

A grande procura pelo clareamento dentário tem sido responsável por uma cena cada vez mais comum nos consultórios: pacientes que buscam tratamentos ortodônticos depois de já terem os dentes clareados.

Por isso, Leily Firoozmand, que também é mestra e doutora em Dentística pela UNESP de São José dos Campos (SP), está desenvolvendo a pesquisa “Análise da influência do tratamento clareador, tempo de condicionamento ácido e tipo de resina sobre a resistência adesiva de braquetes cerâmicos”, exatamente voltada para estes casos. Clareamento dentário

O estudo, que recebe o apoio da FAPEMA, tem como objetivo analisar, além dos efeitos dos agentes clareadores, a adesão de braquetes cerâmicos em dentes já clareados.

“Quando o paciente se submete a um tratamento clareador e, depois, precisa de tratamento ortodôntico, naturalmente, ele vai preferir a colocação de braquetes cerâmicos para garantir a estética do sorriso. Mas, quando o dente sofre a ação de um produto clareador, a estrutura do esmalte sofre algumas alterações”, explica. 

A proposta da pesquisa é analisar as influências dessas alterações no processo de aderência de braquetes cerâmicos, para que eles não sejam danificados nem tragam danos a mais ao esmalte dentário.

“Durante o tratamento ortodôntico, o dente sofre uma série de forças e os braquetes, se não colocados da forma adequada, podem se deslocar” comenta.

Como os braquetes cerâmicos são mais frágeis e mais caros que os metálicos convencionais, a pesquisa está sendo desenvolvida tanto com o objetivo de evitar gastos, como também para identificar o melhor tratamento possível para o paciente”, explica Firoozmand, que realiza o estudo com o auxílio de alunos de graduação e pós-graduação.