Pesquisadores desenvolvem modelo de agricultura ecológica que beneficia famílias do Maranhão

agricultura ecologica
Por Ivanildo Santos 18 de julho de 2013

agricultura ecologica

A demanda crescente pelo desenvolvimento da indústria e a procura por novos campos de exploração das reservas minerais do país, ainda não são suficientes para modificar a vocação natural do país para a agricultura. De acordo com o IBGE, o setor é o maior responsável por imprimir uma elevação no Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro semestre deste ano.

O Maranhão, estado com vocação agrícola, pode se beneficiar desse crescimento de várias formas, inclusive na criação de uma maneira de produção auto-sustentável para quem depende da agricultura como forma de subsistência.

Pensando nisso, o pesquisador Altamiro Souza Júnior iniciou no ano passado um projeto que tem como objetivo fortalecer as atividades da agricultura urbana e periurbana para áreas carentes, tendo como objetivo principal, garantir a segurança alimentar e nutricional de populações vulneráveis.

A agricultura urbana consiste na produção de alimentos em áreas que não tem como potencial o espaço agrícola, geralmente concentrada no entorno das grandes cidades. O projeto do pesquisador foi batizado de “Agricultura Urbana e Periurbana como ferramenta para garantir a segurança alimentar e nutricional na região metropolitana de São Luís”.

A pesquisa, que recebe a apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, é desenvolvida por professores e alunos do curso de pós-graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). “Utilizamos a extensão das tecnologias geradas pelo conhecimento científico e desenvolvemos o projeto em bairros como o Jardim São Cristóvão II, Tajipuru, Santa Maria, Calembe e Pindoba”, explicou Altamiro Júnior.

A intenção é beneficiar diretamente 40 famílias para o modelo agroecológico o que, indiretamente, poderá chegar a 120 horticultores que trabalham com esse tipo de manejo. Em parceria com o NUGEO, Núcleo Geoambiental, os pesquisadores estão mapeando os espaços para ampliar o desenvolvimento da pesquisa.

Como resultado prático, até agora, o projeto já implantou sistemas de produção agroecológica nas comunidades, capacitou agricultores e conseguiu espaço para a comercialização nas feiras e nos programas governamentais de aquisição de alimentos.

De acordo com o pesquisador “as estruturas de produção instaladas foram sistemas agroflorestais com espécies frutíferas e de hortaliças”. A intenção agora é expandir o projeto para novas comunidades. O projeto foi aprovado pelo edital AEXT (Apoio a projetos de Extensão) da FAPEMA.