Prêmio FAPEMA: Turismo e preservação no Parque dos Lençóis Maranhenses
Passar as férias em um lugar paradisíaco, andando por imensas dunas que se misturam com o azul do céu e se refrescando em lagoas de água cristalina. Esse é o desejo de muitos turistas quando tomam a decisão de visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM). Mas, será que em torno de todo esse deslumbramento há uma preocupação com a preservação desse local? Essa foi uma das inquietações que levou a aluna do ensino médio do IFMA de Barreirinhas, Ester da Silva Caldas, orientada pela professora doutora Éville Karina Maciel Delgado Ribeiro, a desenvolver um projeto sobre a percepção que os guias de turismo têm a respeito da preservação do Parque e como eles têm disseminado essa prática entre os turistas. Com esse trabalho, Ester ganhou o Prêmio FAPEMA 2013, na categoria Pesquisador Júnior, modalidade Ciências Sociais Aplicadas.
O PNLM foi criado em junho de 1981. Toda sua região mede 155 mil hectares, sendo que 90 mil são constituídos de dunas e lagoas que se dividem entre os municípios de Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz. Ao longo de todo o ano, o Parque recebe visitas de pessoas de várias partes do mundo.
Convidada por sua professora de Biologia, Éville Ribeiro, a aluna do 3° ano do ensino médio, vencedora do prêmio, iniciou esta pesquisa que teve como objetivo avaliar qual o preparo das pessoas que trabalham com o ecoturismo na área do PNLM e, assim, saber o quanto as atividade turísticas ajudam ou não na conservação do Parque. Para traçar o perfil dos guias, a pesquisadora realizou entrevistas com representantes de agências de turismo da área e com condutores de passeios. O resultado obtido demonstrou que apenas 20% dos entrevistados promovem atividades voltadas para educação ambiental, sendo que a maioria dos entrevistados, cerca de 50%, mantém o foco somente nos passeios turísticos. Os demais (30%) realizam atividades de recreação e trilhas ecológicas.
Esse estudo é a primeira etapa do projeto “Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: percepções da população do entorno e Educação Ambiental”, ligado ao grupo de pesquisa em Biodiversidade e Educação Ambiental, coordenado também pela professora doutora Éville Ribeiro.
Sobre a premiação conquistada, Ester mostrou-se surpresa. “Não há nada mais gratificante do que ter seu trabalho reconhecido e, sobretudo, contribuir com desenvolvimento de pesquisas no estado do Maranhão”, afirmou.