Prioridades em pesquisa para PPSUS são discutidas em oficina promovida pela FAPEMA
Transformar experiências inovadoras em ciência e tecnologia em um indutor do sistema local de saúde para reduzir as desigualdades sociais. Com essa proposta, o governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, FAPEMA, realiza de quinta (4) a sexta-feira (5) a Oficina de Prioridades em Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS). O evento é promovido em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A abertura foi feita na manhã desta quinta-feira, com a presença da secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Rosane Nassar Meireles Guerra, do diretor presidente da Fapema, Antônio Luiz Amaral Pereira, da representante do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DECIT/SCTIE-MS), Luci Fabiane Scheffer, que também é coordenadora do PPSUS e do representante da Secretaria Estadual de Saúde, o secretário adjunto em Vigilância Epidemiológica, Alberto Carneiro.
O Maranhão é o décimo Estado da federação a realizar a oficina de prioridade do PPSUS, que tem como objetivo direcionar os temas prioritários para o financiamento de pesquisas que vão beneficiar o sistema único de saúde no estado. “Temos aqui o objetivo de definir temas e linhas necessárias para serem pesquisadas. E a nossa premissa é que sempre devemos aproximar o conhecimento e a parceria com os pesquisadores, para melhorar a qualidade em saúde”, explicou Luci Fabiane Scheffer.
Luci Scheffer ressaltou a importância dos estudos científicos como forma de encerrar as lacunas de conhecimento existentes na realidade dos estados, especialmente no que diz respeito ao direcionamento dos projetos de pesquisa. Segundo Scheffer, eles precisam estar voltados para o bem estar da população. “Por isso os parceiros são fundamentais porque auxiliam a identificar como o estado vai responder à demanda do problema que precisa ser solucionado”.
Para o representante da Secretaria de Saúde do Estado, Alberto Carneiro, é necessário dar prioridade a temas que respondam às necessidades da comunidade no campo da saúde. “Tem doenças cardiovasculares, diabetes, epidemias e tudo isso merece nossa atenção. O PPSUS pode mudar esse histórico de gravidade de várias doenças no estado. A pesquisa científica é necessária para se chegar a uma saída para isso”.
A opinião foi compartilhada pela secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Rosane Guerra, para ela, são necessárias soluções diferenciadas. “Os pesquisadores tem um novo olhar à medida que os problemas são levantados. Aqui temos a oportunidade conciliar e estabelecer parcerias para sanar as deficiências em saúde de áreas carentes e prioritárias no Maranhão”.
Edital vai disponibilizar R$ 1,2 milhão – Nesse contexto, o Ministério da Saúde vai disponibilizar para o PPSUS, nesta edição, o valor global de R$75.300.00,000 (Setenta e cinco milhões e trezentos mil reais). Sendo que, para o Maranhão, será liberado o valor de R$ 800 mil reais. Além disso, haverá uma contrapartida de R$ 400 mil reais alocados pelo próprio estado. No total, o edital PPSUS no estado terá recursos de R$ 1,2 milhão de reais, mais que o dobro do contemplado na última edição, em 2010, quando os valores totais chegaram a R$ 510 mil reais. “Não queremos que tenha sobra de recursos. Sabemos que o Estado tem muito potencial para pesquisa e que é preciso ter investimento em saúde. Por isso vamos fazer um empenho melhor para acompanhar a melhor forma que os estados vão administrar essas pesquisas”, analisou Schefer.
Para o presidente da FAPEMA, Antônio Luiz Amaral Pereira, o fato de o Maranhão ter participado das últimas três edições do PPSUS, de 2004 até agora (esta será a quarta edição) mostra o avanço das pesquisas em saúde e o compromisso que o governo adotou com essas linhas de pesquisa. “Isso para nós é importantíssimo. Mas acima de tudo percebo que é uma ação de governo, onde todas as ações são coordenadas junto ao DECIT do Ministério da Saúde. Percebemos que existe uma integração e isso é extremamente importante para nós”. Ele confirmou que o edital deve ser lançado ainda em 2012, com a previsão de apresentação no mês de novembro e contratação de propostas a partir de 2013. O convênio será firmado por intermédio do CNPq com prioridade para o que for escolhido nas linhas de pesquisas definidas durante as oficinas temáticas.