Projeto avalia a sustentabilidade da pesca artesanal em Guimarães

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Por Ivanildo Santos 7 de julho de 2014

DSC 0106 - CópiaA pesca artesanal no Maranhão enfrenta problemas como exploração predatória dos recursos naturais e fragilidades das políticas governamentais voltadas para a pesca.

Partindo dessa realidade, o professor Roberto Santos Ramos, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA, decidiu empreender um diagnóstico de cunho social, econômico, tecnológico e ambiental da atividade pesqueira no município de Guimarães, localizado no litoral ocidental do estado.

O objetivo do estudo era avaliar a sustentabilidade da pesca artesanal praticada naquela localidade e, a partir daí, apontar subsídios para uma política de gestão e manejo ambiental pesqueiro na região.

“A pesquisa é fundamental para explicar os fenômenos de esgotamento de recursos pesqueiros, além ensejar a reflexão sobre a pesca predatória como um todo”, esclareceu o pesquisador.

“A sustentabilidade da pesca artesanal do município de Guimarães: desafios emergentes”. A obra foi patrocinada pela FAPEMA, por meio do Programa de Apoio à Publicação – APUB (edital nº 10/2012) e editado e publicado pela Editora EDUFMA.DSC 0145

O professor Roberto Ramos, que atualmente leciona no campus de Pinheiro/UFMA, no curso de Licenciatura em Ciências Naturais, há vários anos desenvolve atividades junto ao Grupo de Estudos Socioambientais das Zonas Úmidas da Baixada Maranhense – GES-BM.

O interesse do professor pela pesca artesanal e pela cidade de Guimarães tem raízes na própria experiência pessoal e familiar.

No início da década de 80, Ramos fez várias viagens de barco com seu pai, Manoel Leonardo Ramos, saindo da rampa Campos Melo, em São Luís, com destino à cidade de Guimarães.

Nessas viagens, o porto era sempre o lugar mais movimentado, não só pelas viagens comerciais de barco, mas pelo descarregar das embarcações que chegavam de longas distâncias em busca do peixe.

O estudo do professor Roberto Ramos tem como base os resultados de uma dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação (mestrado) em Sustentabilidade de Ecossistemas – UFMA, que depois deu origem ao livro intitulado.

Para Roberto Ramos, as políticas pesqueiras devem se adequar à realidade local e aproveitar o conhecimento tradicional.

“O reconhecimento dos múltiplos saberes e sua respectiva integração com o conhecimento científico é justo, oportuno e necessário para fazer valer a pluralidade e o saber tradicional, o que certamente garantirá a permanência e sustentabilidade das comunidades locais”, assegurou.