Propostas para fortalecimento de incubadoras de empresas são apresentadas durante workshop
Representantes de universidades, instituições científicas, fundações e autarquias estiveram reunidos durante dois dias em São Luís, para discutir a geração de negócios através do fortalecimento das incubadoras de empresas. As experiências foram discutidas no 1º Workshop de Incubadora de Empresas, evento promovido pelo Sebrae Maranhão, que contou também com a participação do Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTEC) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema).
Durante o evento, foram apresentadas propostas de metodologia para fortalecer o trabalho das incubadoras de empresas, de modo que elas apóiem o surgimento de negócios inovadores. A experiência das incubadoras traz como principal vantagem aos novos empresários, a garantia de um suporte técnico, gerencial e de formação complementar ao empreendedor.
No primeiro dia do encontro, o debate sobre as Incubadoras de Empresas e os Arranjos Produtivos Inovadores – a partir do modelo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) – reuniu um público vasto interessado na aplicação desse exemplo. Surgida em 2007, a metodologia Cerne envolve quatro níveis de referência: a gestão empresarial, a inovação tecnológica, o marketing e os serviços de atendimento que serão prestados.
Além disso, a experiência positiva de incubadora de empresa já existente no Maranhão foi citada. Ela foi possível, também, graças ao apoio da Fapema, que ao longo dos três últimos anos vem apresentando editais de apoio às incubadoras. “No primeiro ano não tivemos nenhuma empresa interessada, no segundo apareceu uma e agora já temos outras sendo avaliadas. Então é a prova de que estamos crescendo e temos uma perspectiva muito boa de desenvolvimento”, analisou Rosely Grisotto, coordenadora do setor de Inovação da Fapema.
Ela proferiu a palestra sobre o edital Fapema para incubadoras, a uma plateia diversificada, formada por estudantes universitários, além de integrantes de entidades como a Fiema, Sebrae entre outros. “A palestra foi para mostrar a experiência da Fapema no incentivo à constituição de incubadoras. E o que eu percebi, pelo retorno das pessoas que estiveram participando desse encontro é que a fundação tem um papel muito importante como parceiro nesse processo”, frisou.
A informação é ratificada pela gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Maranhão, Keila Pontes. Para ela, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Fapema funcionam como grandes estimuladores desse processo de incubadoras de empresas. E projeta, para breve, o envolvimento de mais organismos do poder público. “O planejamento de nossos próximos passos é o que vamos fazer de concreto agora, buscando mais apoio do poder público”, sinaliza.
Para que os planos saiam do papel, já começou a ser discutida a elaboração do Plano Estadual de Incubadora de Empresas. Um grupo de 33 pessoas, representantes de instituições como a FAPEMA, SECTEC, FIEMA, UFMA, UEMA, SEBRAE, Banco do Nordeste entre outros, participaram dos primeiros esboços para a efetivação do plano.
Entre as alternativas apresentadas, foi sugerida a aproximação das incubadoras de empresas com a tecnologia social, através de ferramentas que aproximem o investimento das demandas na área social. Iniciativa que foi bem vista pela representante da Fapema, Rosely Grissoto. “É necessário buscar opções, novos negócios informar e ir atrás das demandas”, observou.
A analista nacional do programa de Incubadoras de Empresas, Maria de Lourdes da Silva, frisou que o cenário no Maranhão deve ser construído de acordo com as necessidades percebidas pelos grupos de trabalho que vão analisar a implantação do programa maranhense de incubadoras de empresas. “No restante do país já temos experiências interessantes, como a desenvolvida no Rio Grande do Norte, através das instituições federais e da Rede Mineira de Informação. O Maranhão também pode ter um sistema assim”, ponderou.
“Essa reunião tem como objetivo construir esse plano. O movimento é cada vez maior e a missão de todas essas entidades é ser um provocador, um estimulador das entidades para fortalecer esse movimento”, informou a gestora do Sebrae Maranhão, Keila Pontes. A montagem do Plano Estadual de Incubadoras de Empresas está sendo estruturada a partir da construção de grupos de trabalho que vão discutir: gestão, políticas públicas, ambientes de inovação e talentos. Capitaneados por diversas entidades, os projetos devem ser apresentados até a segunda semana do mês de março.