Reconhecimento de faces pode auxiliar na recuperação de documentos em acervos digitais

Reconhecimento de faces pode auxiliar na recuperação de documentos em acervos digitais
abril 18 16:22 2014

Captura-de-Tela-Pesquisa coordenada pelo professor doutor Aristófanes Corrêa Silva, do Núcleo de Computação Aplicada da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, busca a utilização de um novo método que deverá auxiliar na recuperação de documentos em acervos digitais.

Uma metodologia híbrida está sendo aplicada ao reconhecimento facial, mesclando características das técnicas de textura com técnicas geométricas para o reconhecimento de faces, às técnicas de aprendizado de máquina.

A metodologia tem por objetivo a elaboração de um Reconhecimento Facial, de forma que auxilie o CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do Brasil – Fundação Getúlio Vargas) no reconhecimento automático de personalidades históricas, o que seria de grande utilidade, agilizando, assim, a classificação das imagens e vídeos do acervo.

Tal metodologia foi dividida nas seguintes etapas:
Extração de Faces Frontais; Criação de uma Base de Faces por Personagem Histórico; Extração de Características da Face de Interesse; Comparação de Características da Face de interesse com a Base de Faces; e a Elaboração de um ranking de possíveis candidatos a ser a Face de interesse.

O objetivo geral do projeto consiste em desenvolver um aplicativo para reconhecimento de face com um bom nível de precisão no banco de imagens do CPDOC-FGV.

“Estamos propondo um projeto de pesquisa para desenvolver uma metodologia aplicada ao reconhecimento facial de personalidades históricas em acervos digitais (vídeo e fotografia) de modo a servir para recuperação de documentos”, explica Aristófanes Silva.

Aristófanes conta que a pesquisa surgiu a partir de uma visita a Fundação Getulio Vargas onde se tem um problema sério de recuperação de imagens dos milhares de documentos catalogados.

O projeto que está sendo desenvolvido no Maranhão tem o apoio de professores e funcionários da FGV e de dois alunos de Iniciação Científica da UFMA. O resultado até agora para a base de documentos usados no teste, segundo ele, é satisfatório.

“O grande problema é que o acervo é muito grande e as imagens foram adquiridas sem um protocolo padrão, logo é possível que o software não alcance o resultado esperado em alguns casos”, revelou.

Por se tratar de uma pesquisa muito complexas ainda não há previsão para a conclusão do trabalho. “Frequentemente enviamos para a FGV versões do software para serem validadas e testadas com usuário do dia a dia”, contou o pesquisador.