Rejeição a enxertos em transplantes é investigada

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Por Ivanildo Santos 10 de junho de 2014

6dad32c61d33d4468ddf172e5b4ea16eMotivado pela vontade de obter mais conhecimento em sua área e depois de observar a rotina de transplantes no trabalho, o professor doutor em Biotecnologia, Fernando José Brito desenvolveu a pesquisa “Monitoramento molecular da resposta imune em pacientes transplantados renais”.

Ele conta que em determinado momento, avaliando a pluralidade dos caminhos da resposta imunológica que podem levar a rejeição do enxerto, percebeu que havia inúmeras possibilidades a serem investigadas, que poderiam ter impacto direto na melhoria da qualidade de vida dos pacientes transplantados.

Foi então que decidiu juntar o útil ao agradável e pensou no desenvolvimento do projeto no qual pudesse, ao mesmo tempo, contribuir com conhecimento na área da imunologia dos transplantes e ajudar na assistência ao paciente transplantado.

“A pesquisa independente da área, sempre nos traz a possibilidade de descobrir novos caminhos, é um processo sem fim, é inesgotável e por isso estou sempre motivado a fazer pesquisa”, declarou.

A pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, através do edital Programa de Infra-Estrutura para Jovens Pesquisadores – Programa Primeiros Projetos, tem como objetivo principal padronizar uma nova metodologia diagnóstica não invasiva, para diagnosticar de maneira precoce o início de uma resposta imunológica que pode levar a rejeição e perda do enxerto.

Brito disse que a pesquisa está em andamento e explica como funciona o processo.

“É utilizada a análise de expressão de genes codificantes para moléculas efetoras que estão envolvidos com a resposta imunológica aos aloenxertos. Essa análise será realizada a partir da extração de RNA mensageiro (RNAm) de células do sangue e urina dos pacientes transplantados renais”, observou.

Como o trabalho ainda está em fase de execução, o pesquisador disse que os pacientes serão avaliados durante doze primeiros meses após o transplante até o mês de abril de 2015. E já considera o lado positivo do esforço.

“Inicialmente temos o ganho acadêmico com a possibilidade de ampliação do conhecimento em um tema tão relevante como o transplante de órgãos. Além disso, a pesquisa poderá contribuir de maneira direta na conduta clínica de um paciente transplantado”, ressaltou.

Quanto a FAPEMA, Brito destacou o papel importante para desenvolvimento de pesquisa em todo o Estado e disse que no caso de seu projeto, o apoio da fundação permite a criação de uma nova linha de pesquisa que até então não tinha sido instituída.

“Não apenas pelo apoio financeiro, mas também pela busca incansável em difundir ciência e tecnologia por todo nosso estado, que é extremamente carente em educação. Assim, a FAPEMA contribui para o engrandecimento da nossa população”, disse.

E comemora a evolução nos trabalhos. “Estamos evoluindo em todos os aspectos, do lado acadêmico ao assistencial. Todo esse impacto só pode ser alcançado com o incentivo dado pela FAPEMA e por isso eu digo que sem a fundação, não teríamos saído das indagações pra tentar alcançar as certezas”, concluiu.